sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

ASSOBIO DE MÁRMORES


Dá-me a rota mestre, que saberei talhar meu ouro...saberei?
se tu não fores meu ..meu rei...
Dá-me as preces ilegitimas de teu suor..
que saberei esculpir tua alma..em dó maior
artista dos ventos..que prende o mar...
tuas obras são peixes fracos..pedrificadas lágrimas sem sal..
.dá-me senhor um gole de teu beijo
insana lição de barro e covardia
entre a volúpia escolho a mediocridade
entre a paixão escolho a vossa santidade
não nego o tempo que passei presa
dentro de minhas próprias grades
não nego que não quiz teus passos
por saber me perder neles...
entre teus dedos fiz meu silêncioque soava..soava...
como assobio de mámores...assobio de mármores
estátuas mortas de um desejo...
apenas corpos mutilados após gôzo
simples ciência do beijo...abraço o molde de meus dias...
enbebedo-me dos nortes de teus vigias..
durante a noite persigo teus sonhos
como se pudesse modelar tuas carruagens..
invernos dolorosos quando sabemos que o verão
não volta mais,,,não volta mas....
agora quando já não lembro do amoro branco [e só melancolia...
quebro minahs certezas...
não reconhecem a brutalidadede minha energia
amei um homem de pedra que escondia os sentimentos no gesso
amei um homem de madeira
que desenhava sua morte em meu pescoço
sonhei um dia viver,ter filhos,casa moradia...
mas como?sou artista..escolhi como marido o vento
o traio com a ventania..escolhi como terraço o tempo
aprendi a tecer filhos como dias...
depois dessa noite talvez o tempo desperte mais rápido..
afinal..há dias deixei de amar todas aquelas antigas melodias...
e melo..melo melo todos os meus dias....
mestres não me façam rir das próprias poesias!
julgamento?sim..
serei bruxa..feiticeira..domadeira..e rainha..
escutem-me nasci sem ter que escolher entre noite e dia se vivo na noite..
é que durante o dia...morro um pouco de cada luz...
há de nascer somente imune quem não souber
do valor da brancurada senhora mestra lua....
adélia coelho-maria flor-05-12-07

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô