sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Fim DE UMA CERTA ESTRADA


Depois

Depois dessa conversa lamentei todos os beijos

suplantei a culpadesfiz os nós

meu e dele....recortei o ódio

depois dessa conversa o doce amargou,mesmo sem pote..

a vidraça não aderiu mais aos pingos da chuva...

e as borboletas estão trancadas em minhas gavetas

também as sufoco

depois dessa conversa

desliguei os telefones e exclui os contatos

como se num simples "delete"esquecesse as ofensas que me apertaram

você não me surpreende

não me disse nada que eu não soubesse

tanto sei que minha consciência lhe dói...

sinto muito se não fuisubserviente a sua sabedoria incontestável..

.é muito fácil dizer "eu te amo"dopado de alucinógenos distantes

eu estive aqui presente,lúcida

não houve rebelião,revolta,requiem..agora?

depois dessa conversa enterrou-se o peito

a estrada e o rumo...da tua vida a pessoa findou

morreu a palha,a carroça,o motor e nossa dor...

curou-se enfim a constatação da inexistência do nosso amor

nossas projeções falharam

meses e meses a fio....tempo perdido?

"somos tão jovens"

procure seus amigos,seu rock,sua bebida seus cigarros e drogas....

que voltarei com um pouco do teu orgulhopara minha arte...

eis aqui minha "salvação"VOCÊ?Deus tenha piedade!se é que você acredita nele..

.porque ódio eu não tenho

.mas atravesse a rua antes de olhar para mim

a rua é santa

e meus olhos valiosos demais ante a lama...

Adélia Ceolho 2007

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô