quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

E há dias
que teu corpo me invade
e me chama com tal ímpeto
que o fogo que se faz
é labirinto denso
é cordilheira acesa
e há dias que teu sagrado
percebe as paredes de minha igreja
teu sagrado se alimenta de minha água
há dias que consigo rever sua pele
seus poros comunicam nossa verdade
e há dias que as luzes de apagam
e há dias que nada se diz
e que os beijos fogem
e que as capas cedem
há dias que meu sexo quer engolir tua semente
minha natureza chama teu verde
minhas flores clamam teu ar
e há dias que nossos olhos
não se encontram mais
nem as falas são ouvidas
há dias que não se percebe o amor
e vice e versa nos debandamos
para bem longe
e vira e mexe...estamos bem perto novamente
há dias...o amor é instável
há dias que mente
e adias memoráveis.

Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô