sábado, 27 de novembro de 2010

Cortinado




Isolo-me
como a pedra que plantasse em meu olhar
como o cimento abstrato de tuas lentes
mãos fétidas de segredos
o distanciamento do medo
isola-te,com energias roucas
teu compasso retarda o beijo
cada um,deixa-se perder em silêncio
bobagens em lágrimas
seriedades em páginas
o parque ficou p tras
as roupas sujas
o rato na cozinha
a ficção do romance no fim
isolo-me
e dentro de mim
os livros escorrem pelas pernas
pintados de vermelho
a filha que retorna
desgarrada se contorce de dor
a tristeza dos ontens queridos
tento disfarçar meu limite
meu olhar suplica flores]
meu olhar humilhado suplica a terra do mar
os beijos longos]
a espera interminável
os segredos de cortinado
as taras no tapete molhado
isolamos a parte boa
meu sexo fecha-se encabulado
enjoado das visitas comedidas ,rotineiras
minha menina se entristece...
fecho a porta de chave.

fLÔ

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô