segunda-feira, 17 de maio de 2010

dEMOREI a dar-me conta de que somos
somos as diferenças repartidas e achadas
teu olhar,agora já me foge mais que antes
tua boca beija ligeiro,apressa-se em saber
antes,quando tudo é a pureza da descoberta
não existe a serenidade,tudo o mais é inverdade
as maquiagens acesas,o turbilhão de "positividades"
mas que mal há na realidade?
ela chega,cedo ou tarde
bem tarde,para muitos,bem cedo para outros
os conto de fadas encomendados são só maldade
que mal há na magia da insanidade?
pedregulhos esquisitos,indo e voltando pra mesma água
hoje,me pergunto,o que acalma o peito ainda o faz queimar?
o que aflora a alma ainda a faz teimar?
o que sacode a dor ainda faz amar?
somos as diferenças repartidas e achadas
a herança de todo sofrimento de amor
os potes deixados nas estações,as garrafas encontradas em alto mar,
com cartas de amores impossíveis
somos as efemeridades disfaraçadas de casamento
somos aquele deserto caótico e milagreiro,somos esta noite chuvosa de maio,
onde encontramos nas faltas e imperfeiçõesas risadas mais tolas e os ímpetos mais infantis
somos este não saber ser,e de não saber
querer,e querer e querer estar junto apenas...
estou tão feliz com este teu sorriso que se abre
como o sol que gosto de sentir.


Flômaio de 2010

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô