terça-feira, 15 de dezembro de 2009


Nunca tinha visto aquele verde
talvez ele fosse só meu
emprestei agora as árvores
porque elas precisam saber
que ter esperança é criar raízes
estava tudo extremamente iluminado
eram brilho em gotas,em pó
tudo prateava a vista
como um grande presépio
de um natal colorido
mas ainda era novembro
nunca tinha visto aquele verde
a janela do ônibus suja
as pessoas tinham expressões tão lúcidas no rosto
que era como se me engolissem a cada olhar
Eu fotografava em Zoom
como se recebendo as linhas dos outros
porque eles precisavam saber
que ter felicidade é criar asas
estava tudo extremamente musical
tdo emocionava a vista
e o corpo dançava sentado
e a boca sorria sem canto
aquele dia viajei por dentro das cores
que achava que tivesse esquecido.

Adélia Coelho novembro de 2009

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô