terça-feira, 24 de novembro de 2009


O espaço está curto
tudo arde,explode cada tom
implode cada som
escuto outras músicas
é tempo de parar
as portas estão revoltadas
bato-as bato-as
todas elas
culpadas de terem aberto antiga prisão
tudo muito solto agora
e onde procurar as chaves?
a casa intacta e o cão magro,com fome
o espaçoestá curto
tudo arde,
é preciso bater as portas
para escrever azul
nas minhas unhas pintei azul cintilante
mas o qu arde no mundo é o apagão
a ausência de cor
os meus dentes deprimidos
anseiam a carne fugitiva
a carne esquiva
a carne atrofiada
aquele pedaço de carne que ontem brochou
tudo arde em meu curto espaço
eu,curta,
desabo,queimo,passo....

Adélia Coelho novembro 2009

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô