quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Dentro dos teus livros
a sincronicidade das lembranças
uma a uma encaixadas sob medida
no verso mais triste
ou no conto mais perverso
a foto com o grande amor
e teu semblante o mais feliz do mundo
o verso que você vai embora sem sentir nada
que você "não" fez para mim
os livros que as outras dedicaram com um carinho emocionado
dentro das tuas lembranças sou o excesso
o suco que escorre fora
o resto que não foi poupado
o presente que nunca é avaliado
dentro das tuas caixas
sou aquela que nunca amasse.

Adélia Coelho

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô