domingo, 13 de setembro de 2009



Quero teu carinho desmantelado
pelas pernas
beirando a cafonice do tédio
tateando uma loucura camuflada
quero boca seca,atrelada
lambuzando de horror o bom senso
quero o persuadir de tuas lanternas
covarde!Covarde!
Sugando a doçura
como forma encardida de ser
Sou suja porque sou humana demais
quero mesmo é teu carinho desmantelado
quero o desmantelo dos móveis
desmaiando um a um
sobre a cama dos meus sonhos
zarolhos
quero o descontrole do tronco
quando os membros lembram
do caos de fora
quando dentro a festa é ginásio lotado
de ah Recifes!
quero teu carinho desmantelado
pertubando os tímpanos
agonizando a breguice
dos beijos de um sempre antigamente.

Adélia Coelho 2009-10-09

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô