O bule antigo
cada cômoda de ferrugem flexível
o bule amigo
café de todas as horas desesperadas
cozinha psicografada
hoje sou eu que povou cada pedaço cerâmico sentimento
bule antigo
entranhada gordura
que guarda todas as culpas
amanhecidas fugas
deslizes sonolentos
barulhento fogo a cozer os nervos
a velhice dos armários a expiar os ventos
todas as vezes que a mesma porta se abriu
nunca mais.
o bule antigo
o café amargo de todos os dias
na mesma hora
controlando os mais variados tremores
o suor frio das previsões
cada camada de parede amada
o bule amigo
hoje através da água
conversei com o sebo
guardado entre a pia e o passado
guardei o bule
ainda não aprendi a tomar café.
adélia coelho julho de 2009
cada cômoda de ferrugem flexível
o bule amigo
café de todas as horas desesperadas
cozinha psicografada
hoje sou eu que povou cada pedaço cerâmico sentimento
bule antigo
entranhada gordura
que guarda todas as culpas
amanhecidas fugas
deslizes sonolentos
barulhento fogo a cozer os nervos
a velhice dos armários a expiar os ventos
todas as vezes que a mesma porta se abriu
nunca mais.
o bule antigo
o café amargo de todos os dias
na mesma hora
controlando os mais variados tremores
o suor frio das previsões
cada camada de parede amada
o bule amigo
hoje através da água
conversei com o sebo
guardado entre a pia e o passado
guardei o bule
ainda não aprendi a tomar café.
adélia coelho julho de 2009
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