sábado, 8 de agosto de 2009





A tristeza tem rosto de dama fidalga

Percorre cada linha do tempo

Como irmã pedra não-lapidada

Instala-se como perturbação natural

Faz moradia e oração

Tristeza é baile sem máscaras

É carnaval sem desfile

É criança sem chuva nos pés

Quando ela veio me conhecer

Tentei resistir,tentei me mostrar superior

Mas a quem?a quê?

Deixo escorrer,acariciando as têmporas

Cada lágrima que o universo me concede

A água vem de deus

A água vem de deus

E nosso céu não sabe bem quando diz

Esse é meu tempo de sentir tristeza

Fechem as portas...

Quero ficar só

Não quero comer

Não quero falar com ninguém]

E se alguém tiver carinho, entre

Mas que alguém tome iniciativa

A minha está temporariamente desligada.

Não quero passear

Não quero namorar

Não quero gargalhar

Posso chorar, me dão licença??

Não vou chorar eternamente.

Amanhã é tempo de sorrir novamente.

até amanhã!!!!!!!

Adélia Coelho

Junho de 2009

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô