A tristeza tem rosto de dama fidalga
Percorre cada linha do tempo
Como irmã pedra não-lapidada
Instala-se como perturbação natural
Faz moradia e oração
Tristeza é baile sem máscaras
É carnaval sem desfile
É criança sem chuva nos pés
Quando ela veio me conhecer
Tentei resistir,tentei me mostrar superior
Mas a quem?a quê?
Deixo escorrer,acariciando as têmporas
Cada lágrima que o universo me concede
A água vem de deus
A água vem de deus
E nosso céu não sabe bem quando diz
Esse é meu tempo de sentir tristeza
Fechem as portas...
Quero ficar só
Não quero comer
Não quero falar com ninguém]
E se alguém tiver carinho, entre
Mas que alguém tome iniciativa
A minha está temporariamente desligada.
Não quero passear
Não quero namorar
Não quero gargalhar
Posso chorar, me dão licença??
Não vou chorar eternamente.
Amanhã é tempo de sorrir novamente.
até amanhã!!!!!!!
Adélia Coelho
Junho de 2009
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