sábado, 8 de agosto de 2009




As estrelas eram como orifícios dos deuses

Pequenos granulados de ilusão

Planetas acometidos,partículas refinadas

Todo o universo buscava aquela voz

por fora do céu o cordão amarelo pendurado

clamando por misericórdia

era a hora de puxá-lo?

A lua-sol lá por dentro daquela passagem ansiava poesia

Guiasse com seu brilho novas constelações

Novos blocos de sonhos concretos...

Novas aberturas ,mesmo diante do caos.

A passagem para o céu era uma lente sutil

um círculo de esperança

iluminado tamborim de amor

dentro : todas as possibilidades...

sedentas ,saudosas,reluzentes

tua morte é uma porta,assim

doce,assim serena,assim inteira.

este orifício é parte da chegada

nada derrota tua estadia na terra

nada fraqueja diante da tua resignação

a estrela você faz...

todo dia um pedaço de tecido mais firme

toda manhã a lua acaricia o sol

porque sabe que só se encontram quando não se vêem

tocasse o sino,poucos perceberam,mas a natureza fez sua parte

estarei sempre aqui,como parte desta natureza,

como parte essencial deste teu céu ,o novo...o antigo...o de hoje.

Amo-te com a força das passagens divinas.

Amo-te porque nasci do teu pedido

Nos encontraremos quando minha viagem começar.

Beijos sua filha ,mãe,irmã,amiga,prima,colega...

de sua “pequena” família...

Bambam , nanan , Délhinha , Délia,do seu milagre.

Adélia Coelho, 25 de junho de 2009-06-2009

2 meses de seu desencarne,de sua passagem.

Saudades eternas...


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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô