As estrelas eram como orifícios dos deuses
Pequenos granulados de ilusão
Planetas acometidos,partículas refinadas
Todo o universo buscava aquela voz
por fora do céu o cordão amarelo pendurado
clamando por misericórdia
era a hora de puxá-lo?
A lua-sol lá por dentro daquela passagem ansiava poesia
Guiasse com seu brilho novas constelações
Novos blocos de sonhos concretos...
Novas aberturas ,mesmo diante do caos.
A passagem para o céu era uma lente sutil
um círculo de esperança
iluminado tamborim de amor
dentro : todas as possibilidades...
sedentas ,saudosas,reluzentes
tua morte é uma porta,assim
doce,assim serena,assim inteira.
este orifício é parte da chegada
nada derrota tua estadia na terra
nada fraqueja diante da tua resignação
a estrela você faz...
todo dia um pedaço de tecido mais firme
toda manhã a lua acaricia o sol
porque sabe que só se encontram quando não se vêem
tocasse o sino,poucos perceberam,mas a natureza fez sua parte
estarei sempre aqui,como parte desta natureza,
como parte essencial deste teu céu ,o novo...o antigo...o de hoje.
Amo-te com a força das passagens divinas.
Amo-te porque nasci do teu pedido
Nos encontraremos quando minha viagem começar.
Beijos sua filha ,mãe,irmã,amiga,prima,colega...
de sua “pequena” família...
Bambam , nanan , Délhinha , Délia,do seu milagre.
Adélia Coelho, 25 de junho de 2009-06-2009
2 meses de seu desencarne,de sua passagem.
Saudades eternas...
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