sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sobre Lunáticos





A nuvem perplexa
E aquele sorriso inundando a escuridão
faltava um elogio.
Todas as noites são loucas e não sabem bem como agir
Nuvens mudam de idéia a todo instante
e formam novos desenhos como se reconstruíssem o céu.
Minha confidente,meu foco de luz ,ouvinte permanente,
bela,imponente como se sua nobreza
jamais se abalasse,mesmo quando por ora torna-se imperceptível;
Todas as idades num tempo de sabedoria coletiva.
Um copo de corações falantes,que toda noite olha pra cima
a procura de declarações de amor.
Senti os arrepios do meu pedido,como se a grande lâmpada cuspisse vento
soprasse a solidão reconhecida pelos poros
Encontramo-nos sempre que olhamos na direção certa
E ela me fala tanta coisa,a maioria coisas minhas
como se devolvesse aos poucos minha identidade
Como se concedesse em pequenos versos e gestos
as confissões que pedi que guardasse tempos atrás,
Boa moça,grande luz...
Inquieta e acalma na mesma fotografia
E por alguns momentos entendo tudo,por nada
nada realmente fazer um sentido correto e absoluto
Só o ceú disposto a acalentar os insones e insanos
como um berço,uma cadeira de balanço gigante que afoga e afaga
A noite também precisa de elogios,precisa de nossa paquera diária
Nossa participação na construção do grande arrepio.
Milhares e milhares de pessoas quando se comunicam com a lua
também visitam outros seres "desconhecidos"
por sensações,por intuições,por pequenos arrepios...
O vento leva sim,recadinhos para quem ainda não tivemos oportunidade de conhecer pessoalmente.E nos reconfortamos através desta visita aos nossos
quase que telepaticamente
Sinto-me inteira e dispersa
viva dentro da morte
quando olho a noite e suas canções de ninar.
Despertam-me a essencia de minhas atitudes.De quem realmente sou
quando converso com a natureza me localizo
Encontro o eixo novamente.
Não como ponto ou resposta mas como seguimento,como reticência.
-Passo Astronauta-
Sou descendente de astronauta....

Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô