terça-feira, 18 de novembro de 2008

Nuvem Solene




Irrompendo as paredes fluidas deste meu sonho
entrego as folhas abertas
arranho o papel do meu corpo rasgado
mastigo a solidão gelada de minha existência
insisto.Não deixo passar o vento,tampouco o verso.
Invisto.Não deixo seguir o curso tampouco a casa.
Durmo,entro noutras paredes,construo novas saudades
Minha saudade é um copo cheio de nada colorido
bebo,bebo até o Último gole deserto desta água imunda.
Entrego as folhas abertas,despidas das esperanças
desnudas do primeiro beijo.
assim,celebro todas as noites
a chegada de uma Lua sempre desconhecida.
Meu amor é apenas,canto de entrada
nuvem solene,óstia rejeitada.


Flor novembro de 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô