terça-feira, 18 de novembro de 2008


Minha solidão se prolonga por todas as folhas desta casa
abre-se em cada grão de dia onde permaneço deitada
em busca do sonho em busca do sonho....
Meu silêncio se propaga por todos os sons desta casa
enquanto a natureza dorme,sinto o só...
beijo o só,cheiro o só...
minha solidão tem raízes,tem textura,tem cor...
minha solidão é abrigo e abismo...
minha solidão é minha amante,minha namorada
minha solidão é minha graça,minha camarada
ela não se alimenta nem de escuridão nem de clarão
minha solidão é alta,é morna,é líquida...
jorro seus versos em água pela sala...
rastro de sal.rastro de sal.
Resto de sol.resto de sol.
Minha solidão é ereta,é firme
mas é sim impiedosa,
cruel
por ora tem gosto e tom amargos.
Flô

3 comentários:

...loucos apontamentos disse...

Quando se aprende a lidar com a solidao td fica mais facil, afinal hora ou outra ela teima em aparecer, as vezes enlouquece, vezes acalma...

Eu aqui me empolgando, lindo poema. Linda forma.

Márcia Maia disse...

que belo poema, Flô.

um beijo grande.

ON THE É (nada do que não era antes, quando não somos mutantes) disse...

que belo blog!!

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô