terça-feira, 7 de outubro de 2008





Em todas as cavidades deste meu corpo estranho
além da formigas que transitam o meu sono
há o mesmo nome de origem.
Durante séculos esta mesma pedra gigante
ressecou o meu ventre
Poluindo as razões insanas-deste mesmo deserto-
ovulação de ócios milenares
Em cada buraco negro a doença consiste no parto
Deste nascimento herdei a normalidade das dores
E a genialidade dos horrores...
Asssim assisto á minha lenta decomposição.
Sublime transgressão
perante a célula mater da desumanidade.
Nasci quando as formigas
habitaram os meus tímpanos.
Sou filha do barulho
de uma fome distante
Dormi,ao tentar chamar em cada pedaço que falta
a mesma mãe.
Perdão,só conheço este mundo.

Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô