segunda-feira, 8 de setembro de 2008






Alimento-me deste teu cheiro
de fervor noturno
e na ausência
mártire taciturno
Tu faz-se perfume de minha aurora
carvalho negro escondido no canto
taquicardia estrelar
todas as ânsias abertas na pele
feridas secas de saudade
alimento-me desta fome
Desejo colhido e recolhido
na palma das luzes brandas
estórias de amores póstumos
cantigas de amores surreais
santidades coloridas
que escorregam entre nossos dedos
nestas manhãs desoladas de domingos cinza
Hoje é um dia verde
e teu cheiro é minha única folha.

Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô