segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Por instantes hoje não conseguia falar nem chorar
logo eu que levanto a bandeira dos extravasos sentimentais
há excesso de poros em mim,preciso ancorar,preciso fechar o cais por algumas horas
encontrei-me ainda tão bela no espelho...falei das dores,todas elas
o rio veio,inundou beleza,fez do mar realeza,consagrou meu fim
na pele a água escorria reerguendo a brancura,a textura do meio termo inexistente
equilíbrio que sempre orgulhou-me,por ora estacionei na vaga errada,estou tomando o lugar
das naturezas sábias,não sei mais definir o ócio como ontem..
não sei mais calar a ânsia como antes...
Por instantes hoje encontrei-me com minha prisão mais decadente
admitindo o buraco mais fundo de minha atual existência
nesta roupagem pálida conformo-me em ser Um "nada"
ambulante resíduo de antiga espada...já considerei-me forte...
Hoje?fraquezas enjauladas..fragilidades que confundem...indefesas verdades que se contestam o tempo todo....Adélia,seu mundo parou.
Seu mundo se foi...em que estrada desviasse todas as tuas saudades.?
O que te sobre agora é sono.E no sonho poder viver um pouco...Estás mais viva lá do outro lado
que cá dentro do peito realidade.
as manhas têm pressa de te sentir!as noites têm pressa de te confessar!
o que falta para renasceres?outra árvore?não poderás mais nascer assim...
Já és Flor,destinada a emergir,resplandecer e sorrir...
sabes que teu sonho não finda aqui..O mundo vai mudando...
rotações diversas,mas tua alma,está aqui!!!
Chora alma minha,chora que te reconheces nesta mesma água que te ungiu
água benta que me envia realejos...
os outros vão me julgando no tempo,sou esta menina mulher flor exaurida
cresci tão rápido que por pouco,não perdi esta vida...regaram-me tanto
que até hoje acho o sufocamento a forma mais linda de despedida!
Nos erros mais próximos vou somando meus fracassos enquanto amante e artista!
o que resta?esta palavra esta imagem,e minha eterna ferida.
Flô
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Quem sou eu
- No Silêncio das Montanhas a Linguagem dos Ventos
- Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô
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