domingo, 24 de agosto de 2008






Não consigo dormir,é como se a noite não existisse fora de mim,
dentro ela uiva implorando os desejos,
todos eles e a carne expulsa desesperada seus órgãos vencidos.
Grito,implodindo mais uma lua,e todos os sêmens dos raios
invadem-me como uma torrente de sonhos.
Não páro a nuvem mãe,ela atormenta todo o tempo
com seus pensamentos doentios sobre a própria miséria.
Trago pra perto quem posso:Solidão...
Esta noite mais uns goles de tédio me sufocarão..
entendo perfeitamente quando escureço em madrugadas
pois neste instante minha consciência lubrificada
queixa-se de estar demasiado.
Não consigo transgredir,esta passagem sob túnel lunar é intrigante
traz-me maus preságios..
é como se este caminho entre o sono e o sonho
me desse provas concretas demais sobre quem sou.
Desisto,não estudarei as formas de viagem,não esperarei as ordens...
não implorarei mais as flores amarelas que me permitam amanhecer...
CHEGA DESTE DESCASO,DESTE DESPAUTÉRIO..
dentro de minha própria noite...
Meus olhos ressecados pedem paz,alguns momentos de mimo...
embalos no colo das serpentes,soros retratando o caule frígido
meus olhos não sabem dormir.
Pois em cada superfície de meu bosque
reina em absolutoum escuro- rei povoado de iluminações.

Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô