terça-feira, 29 de julho de 2008





Todas as minhas roupas sujas
meus caminhos suspensos
pedras repartidas entre indigentes
Nua e com esfoliações por toda alma
sigo,como quem cansou de estar vestida somente
sigo,como quem perdeu o senso de criticar as pixações mais óbvias
todas as minhas roupas sujas
devo meus poros a tanta gente
devo...devo trocados de absurdos há os que não me querem mais
todos os meus caminhos suspensos
e uma tristeza grandiosa me apaga
e uma tristeza luminosa me ascende
sigo,como quem precisa de calor e abrigo
talvez um bom abraço.
sigo,como quem perdeu a direção mais fácil
para aprender com as sombras
que o trajeto longo é indicado
tentativas vencidas
amigos mutilados
amores passados
para aprender como as sombras
apago.
silêncio é meu remédio.
Dor é preço de tédio.

AdÉLIA cOELHO 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô