quinta-feira, 17 de julho de 2008

Peixe grande 2- A Maçã-




Conto sobre peixe grandes 2



Enquanto tu jogas todos os joguinhos possíveis
para fugir dessa realidade
eu choro,choro por enxergá-la cada vez mais...
e se isso é beber da tristeza dos outros..
aplausos!eu bebo mesmo!
cada melancolia tem um sabor tão especial
como vinhos degustados num fétido pombal...
Tua frieza despercebida
percebe minhas conjecturas fervendo
fervilhando as expectativas de um olhar mais que torto
um olhar enviesado,para dentro de mim
Diz-me por que tu quer ficar comigo?
Só pra te rimar é?
Enferrujada percepçãoo que tu quer mesmo é pomar...
maçãs frescas toda semana,tortas e "croassants"de sua fruta predileta
Odeio maçãs!Meu pomar está azedo
azedo de insignificâncias
quero saber é do caldo da maçã do amor
dos granulados coloridos que dispersam minhas palavras
confetes comestíveis nas mordidas mais profundas do êxtase
nas inconsequências mais cruéis dos beijos
Cata-ventos encontram por vezes maçãs do amor
em parques dentre encruzilhadas de sertões.
Lá a banda toca!sim..
Um bem te vi me falou...
Na cidade do parque da maçã do amor
com o cata- vento existem várias ruas coloridas
cada rua é repleta de um tipo de flor...
Na rua das violetas um caminho todo lilás
leva a um rio de água azul azul...
Na rua dos girassóis o amarelo abraça todos os calores das ternuras mais findas,
logo o sol se vai...
Na rua das maragaridas,um aroma de paz entontece,
e logo dormimos; crianças...
Certa vez perdi-me na rua das orquídeas...
quando perdia-me entre as flores entrava em catarse
não conseguia voltar a superficialidade das geleiras humanas
Tem gente que bebe da sensibilidade alheia descaradamente mesmo!
Foi quando passou rapidamente o vendedor de maçãs do amor
vi um rastro vermelho gostoso,cheiro de doce correndo no vento
e algumas gotas coloridas caíram nas orquídeas
encontrei-me,estava amando.
Corria,corria precisava encontrá-lo e comprar a maior e mais suculenta maça do amor
antes que todo aquele feitiço adormecesse novamente
estava na hora sim...os cata ventos tocavam uma música familiar
as crianças brincavam de amarelinha
e a ciranda era tão encantada e passageira
os grilos manifestavam suas glórias
e as mariposas ansiavam o baile das borboletas
sentei-me numa árvore grossa que tinha cheiro de folhas de hortelã
ardiam meus olhos..toas as balinhas de menta,secas ali no chão
esperei meu carteiro de maçãs
ele está demorando tanto...
muita gente comprando..
o parque é grande
tomara que sobre uma pra mim...
quero um dia recordar-me do verdadeiro gosto do amor
o doce da calda confeitada da maçã do amor.
E assim encerro história nunca encerrada
penso ter principiado e nem começou
tampouco findará no gosto do suposto veneno
que as bruxas andam espalhando por aí.
A maçã que procuro é tão doce,que até seu veneno faz cócegas!
Rosa de Chuva foi-se deitar....

"carpinteiro,não me corte os meus cabelos...."

Flô

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô