quarta-feira, 16 de julho de 2008





O que te posso dar é mais que tudo
o que perdi: dou-te os meus ganhos.
A maturidade que consegue rir
quando em outros tempos choraria,
busca te agradar
quando antigamente
quereria apenas ser amada.
Posso dar-te muito mais do que beleza
e juventude agora: esses dourados anos me ensinaram a amar melhor,
com mais paciência e não menos ardor, a
a entender-te se precisas, a aguardar-te quando vais,
a dar-te regaço de amante e colo de amiga,e sobretudo força — que vem do aprendizado.
Isso posso te dar: um mar antigo e confiável
cujas marés — mesmo se fogem —
retornam,cujas correntes ocultas não levam destroços
mas o sonho interminável das sereias.

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô