terça-feira, 8 de julho de 2008




Não sei o que me tira de teu futuro,
só sei que hoje não estou bem..
por tantos colos despedaçados
por tantos fins precipitados
por tantos rios rejeitados
não sei o que me tira sempre de qualquer futuro...
projeto minha falta na vontade do outro
analiso minha ânsia no silêncio do outro
paraliso entre pisadas em falso
não sei o que me tira deste momento
se não a vontade de morrer o riso
a vontade insana de perder a voz
por vezes o que me tira do passado
é a falta de reserva é a inutilidade
por vezes o que me tira do ontem
é ser demasiado,mostrando o que mais
profundamente sinto...
e me desculpem,não sinto nada.
meu vazio é tão cheio que aqui explodo
implodindo meu ridículo...

Flô

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô