sábado, 28 de junho de 2008




Lá onde o tempo passa perto
onde a chuva traz remédio
onde as curvas têm ascenção
na caixa antiga dos poemas
minha mãe deitada
cantando pra mim...
suas dolorosas cantigas de despertar
todos os ventos na minha mão
Lá onde a seca faz morada
onde espelhos são pés d água
onde a luz diz saber
nas ilhas fincadas no peito
sabor e deleito
de ser sempre aprendiz
assim vou-me e desprendo
assim canto pra não ser suspeito
aqui onde Lá é agonia.
coração
estrada e estadia.

Flô

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô