terça-feira, 10 de junho de 2008

EXCESSO DE CORES




Não permito-me calar os olhos sob a escuridão
meus olhos falam a todo instante contra a luz
Derramei uma lágrima a poucos momentos
somente um rio desaguando por dentro
todo resto é fonte,todo resto é ponte
sensibilidade cruel que me tira as amarras
sentir como se não bastasse observar o amor
contemplá-lo sobre carruagens enferrujadas
sobre jardins acizentados,sobre promessas difundadas
aqui onde as flores morreram do excesso de cores
aqui onde os pássaros latejam em meu sexo os horrores
aqui onde estabeleço um laço com o universo
é aqui que choro,é aqui que desesperadamente peço
mas não sei mas o quê..
é tudo tão profundamente raso,que só beiro meu profundo
na fantasia e na ilusão que em vão despeço.


fLÔ*2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô