domingo, 11 de maio de 2008

Trepei no equilíbrio





Testando,testando som som som!
alienando sã sã sã!
Não,Cicrano ,eu não obedeceria seus mandatos confusos...
quero pular o muro que a cadeira impele!
ah se a cadeira de meus desejos mais íntimos falasse
Cicrano querido,queria apenas colo,senta-te aí...dá-me teu ombro largo ou curto
dá-me tuas pernas segurando meu mundo,assim,natural..e absurdo
sem falar nada cicrano,deixasse o cheiro se comunicar,deixasse o tom das peles desertas se corresponder,deixasse o rítmo da taquicardia espalhada pelas pernas tomar conta de todo corpo numa troca de galopes em corações febris,
esta cantiga de batidas no peito,direcionando a razão ali coagida...
se os lábios quizessem transpor ;que assim fosse,tudo muito leve...
como nos primeiros acordes de uma nova composição,um dueto ao piano,
quatro maõs,tantas invenções,acorda meu amor,cicrano não existe...
mas existe este meu sonho,talvez ele um dia,algum dia,seja seu.
enquanto isso,e até durante vamos viver do sonho...
não consigo ver outra maneira,me desculpe meu querido,
não consigo ver outra maneira.
não consigo ver outra bandeira.
minha bandeira é esta cadeira,e meu iminente suicídio...
enterrem com os copos as flores.
elas nadam sabem sobre umbigos...
frágeis talos,folhas marcadas,frases soltas sem gemidos
hoje transei com o escuro,fiz amor com a lâmpada
trepei no equilíbrio.


Flô*

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô