quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sobre o PÓ!






Dia desses no Pó



A felicidade não está cabendo no instante
e o sono não encontra espaço para repouso
passei dias mergulhada no tórrido romance
com textos de estradas ao Olimpo e Cicatrizes,
hoje pude provisoriamente respirar.
Sim,porque só consigo realmente respirar
quando a cena está em mim,
quando magicamente encontro-me com o encanto alheio...
Busquei o cheiro,a pele,o olhar,o penetrar das pessoas
como eu gosto das pessoas!e desse momento sublime de sonhar...
Vesti a fantasia sexy de uma mulher segura e fatal
que por minhas óticas distorcidas ás vezes nem vejo...(ou sou)
Segurei o texto sutilmente na Reunião que enfim desfez os nós
de minhas cicatrizes mais recentes
o quanto ganhei para fazer tudo isso?
o NADA que me enobrece...
Obrigada pelo pão Nada de cada dia
é dele que sugo minha verdade poesia.
Em cada elogio estampado,consagro os prêmios mais caros,raros,valiosos..
Entre aplausos e olhares brilhosos
choro de alegria de poder abraçar o vento
ser parte de universal melodia..
entre papéis amassados joguei-me no chão
nas contrações do não-clichê,não lugar comum...
procurei as palavras da rima,olhei para os famintos
a Literatura tem sede,suor,saliva,eternidade
Emocionei-me com o silêncio respeitoso do expectador
que buscava-se,escavando,auscutando seu próprio silêncio
naquela cena-acena éramos todos
Nós-atados-comungando do mesmo Pó...
Desamassei todas as personagens jogadas no chão
e as marcas do que me parecia superficialmente fulgaz
devasta meus ossos nesta manhã realizada de MAIO(R) orgulho
O que ganhei com isso?
Tive-me por instantes comigo de novo.
O encantamento existe
aqui a magia é simples
porque não desisto de ver através das pedras das curvas
hoje meu caminho falou.

AdÉLIA cOELHO 2008-sobre Nós Pós-APRESENTAÇÃO-

Um comentário:

Biagio Pecorelli (be.) disse...

eu vi.

=)

precisamos trocar umas palavra mais, flor.

beijo

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô