quinta-feira, 8 de maio de 2008

NO CAMINHO TÔRTO






No caminho tôrto do papel curto és tão belo!



Joelhos doloridos olhar ainda febril
excitação insistente
desta felicidade
que não ousa adormecer
tomei uma droguinha
para do corpo padecer
joelhos doloridos
olhos ainda afoitos
semblante de fogo voador
poro bandido
olhei-me no espelho agora
não é a imagem
é o que vejo além...
além dos meus dois rios castanhos
além de meus ardis por pestanas encantadas
soltos cachos, teus cabelos
chamando minhas maõs
e teu olhar rabiscado
acordando minha madrugada
nasceu aqui uma rosa
o caminho tôrto
do papel curto
és tão belo.

Adélia Coelho 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô