mARaDENTRO
Enjoa-me teus ossos poluídos de desertos
meu corpo é, uma balsa suja
onde os marujos depositam seu cansaço
meu corpo é um cais mouribundo
onde as âncoras desafogam suas mágoas
enjoa-me teus gemidos meninos
meu estomâgo que ir através de tua língua buscar
as palavras que dedilham os mapas de meus devaneios
enjoa-me teus cabelos escondidos
meu corpo é um barco antigo
madeira desgastada das ondas
onde os piratas desbravam os territórios do nada ...
Flor
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