De Sombras,Pedras e Curvas
Pedia a brisa compaixão,precisava do lar dos ventos
precisava da liberdade para voar...
caminhava a perguntar sobre pedras e curvas e sapatos - que belo trio!
mais entre rios,e todas as águias latentes,descobri certo olhar-semente
e me pergunto o que de mim refletiria esse olhar?
padeci entre caminhos luminosos demais...
gostaria somente de sombra.
.pra ver se a brisa faz a curva e me encontra
perdi os sinais das borboletas elas ainda me diziam algumas Flores
com acenos e sussurros, um caminho pra aliviar as dores
medo de todos os focos de luz,a lua mel, a lua verde ,a lua azul..
cavalgo entre girassóis escuros
cada pétala um degrau, ás vezes pra cima, nem sempre pra baixo
ascendente desejo de estar em sombra ,em par,em doce semelhança
cabelos entrelaçando e formando raízes pro chão do céu
esbarro em peixes voadores,em pássaros que nadam em meu peito feroz...
numa maré de brisas tropicais
cada semente de olhar- mente- demente- sacrifício...o vento é o pai do riso
num rio a deságuar nas águas de luz
luminosidades- idades -sonoridades,esta música é sombra universal
nas pedras de tua íris,desbravo as linhas de tua mão....
Adélia Coelho e Alexandre Melo
Um comentário:
Aplausos... aplausos... aplausos...
Tudo que você escreve é lindo!
Forte e suave como perfume de orquideas.
Foi um enorme prazer descobri-la nesse imenso universo virtual.
Um beijo na tua alma.
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