quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Uma taça de piedade
o que transborda é seco
o que escorre é medo
psicodélico passo
na garrafa quebrada
no vinho espalhado
assassinato
os dedos trëmulos
espantam a vida
a casa gemendo
ressuscita lembranças
o sonho vai ficando para trás
talvez nem exista mais..
uma taça de realidade
o que impele é beco
o que encolhe é velho
maldito caminho de taco
no vidro,espelho sempre borrado
náo vejo mais
o que restou de bom em mim
no vidro ainda aceso
vejo caminhos tortos
amores feitos
uma taça
e bebo
bebo-me
até esquecer que estou viva.



FLO

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô