Órfão
Não pertencer a nada
eis o preço de ser poeta
tecer palavras como bichos selvagens
escutar apenas a voz subterrânea da eternidade
profeticar a loucura do suicídio cotidiano
fragmentar esse tal humano
temer palavras como preces sem hóstias
emanar apenas a paisagem que somos
Não pertencer a nada eis o preço de ser poeta
é preciso dizer do amor
deitar-se em leite,girassóis e granadas.
Flô
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