terça-feira, 24 de novembro de 2009


Chego perto da boca
chego perto de longe
teus dedos magros atestam
qualquer tipo de destreza
e tua boca sequer almeja
tua vida boceja
chego perto do botão da tua calça
e me olhas insatisfeito
não toques em meu corpo!
minha pele é de outro enredo
o que faço então na tua cama
homem meu de homem algum?
que nem língua,nem íris
teus dedos pálidos confessam
qualquer tipo de pobreza
tua vida passeia e para mim boceja
homem meu de homem algum
o que faço eu então na tua cama?
minha pele quer abrir teu poro
em vão
espero.


Adélia Coelho novembro de 2009

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô