sábado, 2 de agosto de 2008

agosto







Agosto começa numa madrugada orquestrada por ventos
violentamente solitários
invadem-me as sobras,poluindo toda minha multidão
sou povoada por deuses ferozmente humanos.
desnudo-me dos meus órgãos inúteis.
o que sinto é mais fundo e mais longe
do que tudo que vejo .
Assim é o dia em meus olhos
algo que não saberia suportar
não sou daqui
peça-me qualqueroutra coisa
menos a minha moradia
meu coração é lunar
engoli a lua nesses dias
inchei e quero explodir ventania
pálida sinestesia!


Flô

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Quem sou eu

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô