segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fogão









O alimento desta morte
prepara-se com antecedência
alguns rios padecem de tristeza
algas relaxadas de destrezas
leiloaram meu abusurdo
este chão está coberto de náuseas
e o receio de dividí-lo com outro
adentra todas as fechaduras
cobertas entradas de saudade
um fogão possuindo as aventuras dançantes
mas ao fundo a realidade acena
com uma cara não muito boa
hora de despedir-me
de qualquer possível amor
sangrando mOlhos brancos
suando mOlhos de tomate
salvando poucos rabiscos
em meu corpo
alimento morte.

Adélia Coelho

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô