sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pertences







Recolho meus pertences
não sei paquerar
faço versos como apenas
quem não quer empedrar
colho pessoas nas sementes
do acaso lançadas ao ar
não há intuito,
o que me pertence desde sempre
é um querer não sei o quê,um recomeçar
espalho meus pertences
não sei naufragar
faço versos
como quem nunca lembrou
de esquecer como amar...

Adélia Coelho 2008

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô