
Recolho meus pertences
não sei paquerar
faço versos como apenas
quem não quer empedrar
colho pessoas nas sementes
do acaso lançadas ao ar
não há intuito,
o que me pertence desde sempre
é um querer não sei o quê,um recomeçar
espalho meus pertences
não sei naufragar
faço versos
como quem nunca lembrou
de esquecer como amar...
Adélia Coelho 2008

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