
Jardim
Tua pele fala
Nessa tarde fria
Macio músculo do desejo
Ressoando beijos
Ansioso por tua doce agonia
Tua boca desenha
Em línguas e dentes
O mapa do nosso absurdo
Nossos cabelos mudos
Tudo sempre parecia
Um verso quase perfeito
Se não fosse o ciúme
De todas as rosas
Que tu guarda e cultiva no peito.
Adélia Coelho maio de 2006
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