Lábio terno
Ainda desejo lábio terno de noite
Ainda espero pele ávida por mel
Alimento-me de mariposas encantadas
Desde que aqui cheguei pelo vento
Morte nova encontrada
Caixas de livros ocos, amontoadas.
Tu virás num dia azulado
Onde chuva anunciará a leveza de grandes horas
Onde desenharão em teus olhos girassóis vermelhos
Noites coloridas e versos muitos versos
Melados de incongruência cruel de todos os beijos!
Não seja então o anjo revelador
Seja apenas o homem, o amante, a estrela, o ardor,
Ainda desejo outra alma
Alegre de cordel
Quero sempre por fim
Descobrir a música do teu ardor.
Adélia Coelho maio de 2006-
Nenhum comentário:
Postar um comentário