sábado, 24 de maio de 2008

ANTIGA






Lábio terno


Ainda desejo lábio terno de noite
Ainda espero pele ávida por mel
Alimento-me de mariposas encantadas
Desde que aqui cheguei pelo vento
Morte nova encontrada
Caixas de livros ocos, amontoadas.
Tu virás num dia azulado
Onde chuva anunciará a leveza de grandes horas
Onde desenharão em teus olhos girassóis vermelhos
Noites coloridas e versos muitos versos
Melados de incongruência cruel de todos os beijos!
Não seja então o anjo revelador
Seja apenas o homem, o amante, a estrela, o ardor,
Ainda desejo outra alma
Alegre de cordel
Quero sempre por fim
Descobrir a música do teu ardor.

Adélia Coelho maio de 2006-

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Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô