CONCERTO
Posso ter errado as somas
Posso ter errado as somas
Os bandolins,gaitas,velhos pandeiros
posso ter doado as subtrações
das violas,dos sax,os violões
violei-me! multipliquei-me!
pedaços de ilusão...
toma minha música
árdua percepção de minúsculas estrelas
os deuses também querem o corpo
posso ter deixado de dividir
celebrem as percurssões da alma!
cansei-me...ansei-me...sei-me...
IR-ME IR-ME IR-ME
violação dos termos -AMAR-
DESARME-SE ARME-SE AME-SE
pedaços de sur(reais)vontades
todos os cacos,os sons,os doces,os umbigos
tudo num único tom(ARA)
aqui de frente para a noite do mar
descubro surpresa que não amo niguém
porque amo a morte dos goles
porque amo sentir-me submersa no álcool do vento
e delicio-me com o tintos,secos,suaves
dissabores de etéreas lembranças
o viver é ontem?
ainda estou atrelada ao capítulo anterior
não amarga essa valsa
apenas soa,voa a toa...
as luzes dos quartos apagaram
e ainda há restos de silêncio dedilhando o peito
venho agora compondo letras inconscientes
num borbulhar de inspiração ao alheio inútil
ao alheio inútil...
meu punho ardor em sal
dói a causa,dói a alma
em ser mais do que me cabe
posso ter errado as somas
e nego-me a tomar os chás...
esqueço as obras
dou-me ao tempo...
em corpos superficiais num ensaio mórbido
da insensibilidade constante
cortante,hesitante,irritante!
cortem-me novamente os braços
não posso voar agora!
concentra emoção
emociona concentr(AÇÃO)
posso ter deixado de dividir
amanhã não me dará respostas
então, para quê correr?
quero escutar a música...
adélia coelho 09-2007
adélia coelho 09-2007
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