sexta-feira, 29 de agosto de 2008





Bom Dia, Amigo Sol !

Bom dia, amigo Sol!
A casa é tua!
As bandas da janela abre e escancara,
- deixa que entre a manhã sonora e clara
que anda lá fora alegre pela rua!

Entre! Vem surpreendê-la quase nua,
doura-lhe as formas de beleza rara...
Na intimidade em que a deixei, repara
Que a sua carne é branca como a Lua!

Bom dia, amigo Sol!
É esse o meu ninho...
Que não repares no seu desalinho
nem no ar cheio de sombras, de cansaços...

Entra! Só tu possuis esse direito,
- de surpreendê-la, quente dos meus braços,
no aconchego feliz do nosso leito!...

(Soneto de JG de Araujo Jorge






Não gosto de guarda chuvas
Respeito os varais alheios
com tudo que sou preservo os nuances de cada estação
sabendo muito mais hoje da "fulgacidade"da chuva...
sabendo muito mais hoje que as danças são inesperadas
Mesmo assim,lhe digo,sonho sem dormir
com o dia que minhas sementes de sóis
dêem vívidos girasóis!
Não desisto de plantar...
sabendo muito mais hoje o quão sagrada
a terrá é.e quando minha terra mistura-se a outras
comungando poesia
respiro mais fundo:estou enfim vivendo!

Flô




"...não é só a inércia a responsável pelas relações humanas se repetirem
e repetirem de um caso a outro, indescritivelmente monótonas e não-renovadas:
é a timidez diante de qualquer tipo de experiência nova, imprevisível,
com a qual não se acredita ser capaz de lidar.
mas somente alguém que esteja pronto para tudo, alguém que nada exclua,
nem mesmo o que existe de mais enigmático, poderá viver a relação com o outro de forma viva,
e absorvê-la exaustivamente em sua própria existência."

::: Rilke





O susto em nós foi avançar muito para dentro do proibido.
Muito para perto de uma zona perigosa
A boca da noite...
o desconhecido...
Vagos caminhos de uma via nebulosa.
Vários conceitos para falar da mesma coisa
O susto em nós foi descobrir porteiras
de territórios nunca antes percorridos
No fundo de todos nós um visitante
No fundo, a falta de sentido...

Visitantes de nós mesmos
cometíamos a imprudência de quase enlouquecer
Para chegar à compreensão.
E uma coisa afiada nos conduzia
através da trilha da poesia e do difícil trajeto da paixão....





Tem chovido bastante por aqui,de ventos e flores em meio a enchente,não poda a terra,
ela precisa deságuar,ainda acredita nos girassóis.
E deixa chuva lavar,deixa chuva inundar,
quem sabe quando o verão se aproximar trazendo novas espécies de flores
os ventos não soprem a favor..
a favor da curiosidade?


....


É COMO SE TODOS FUGISSEM DA CHUVA
e correr sempre adiantasse,água perversa que vem, atravessa,
atravessa as origens de tudo,as regras que ditaram nosso inverso...

...talvez minutos atrás eu não tivesse fugido da torrente de lágrimas doces,
que desciam do céu ,poderia ter bebido as palavras que a chuva dedicou a meu tempo
poderia ter sentido o toque dos deuses através do suor universal.

porque eu não sei o que fazer das asas quando sinto o perfume do céu
não sei o que fazer da dança quando não ouço mais os pássaros ensinando o caminho.

Adé LIA





"Quem somos nós no abreviar do futuro que não chega?
Nossa morte, nossa dor...
Parecem ser as mesmas!
Deixe-me entardecer na pólvora...
Já não sinto vontade de correr
Só queria pular...
Mas pra onde?"(tERESA)




Que direitos temos de adiar nosso grande dia?
que direitos temos de encobrir as tediosas farsas?
Os dias passam,e nos diários
anos atrás são hojes
o que muda quando o medo te isola?
paralisando as batidas cardíacas do céu?
não é justo deixar para um amanhã que talvez
só exista na nossa imaginação...
Quero mesmo entardecer fazendo meu próprio fogo
sentindo que o céu que se vai,faz parte de mim
e que essa natureza que se lança através de meus olhos
é o que me faz dar o pulo..
Correr realmente já não importa,
e só sabemos a direção de tal "pulo"
quando paramos para ouvir nossa música:o coração.

ADéli Coelho a Flor





"Está ficando muito triste isso AQUI.
Não queria que minha semelhança fosse apenas espelho...
Mas parece que todos só me enxergam através dele...
Mesmo comigo, esse reflexo não tem vida...
Fico como uma imagem...
que se esvai,levando-me..."(Teresa Coelho)




Os espelhos vão sempre existir,uns cortantes,outros superficiais...
os outros embaçam nossa imagem todos os dias
o que nos leva é o perfume de nosso Ser
ali estático e por dentro movimentando-se infinitamente!
o espelho é uma fotografia sem alma...
por dentro do espelho há um bosque...
há sentir,pulsar e arder...
Nos despedaçamos pulando para dentro desta floresta
é preciso pular toda vez que se olha no espelho
no de verdade,o espelho que sangra.

E a vida disse:Pule!


Pulei.

Flô




O melhor espelho é aquele cuja nossa imagem se esvai mesmo...
o rio...que leva nossas gotas mais profundas a todos os cantos do mundo
olhar-se de dentro do barco todos os dias é um aprendizado constante
Poesia não se diz,não se explica,não se traduz...
poesia está naquela água brilhosa
no fundo dos olhos,que ao contrário dos rios,não passam
criam laços.

Flô




Música do coração



Poucos escutam
poucos seguem a trilha dos sons mais íntimos
poucos os que abrem a orquestra do peito
e numa sinfonia harmozinada com a própria natureza viva
explodem dançando nas folhas
Poucos,mas únicos...
Alguém de longe nos chama a todo momento
alguém de perto nos toca vagarosamente
alguém dedilha notas peculiares na pele
Poucos escutam
poucos seguem a melodia da ausência
poucos escutam no meio da multidão os passos ritmados
de todas as presenças,cantando um coro de socorro
Poucos e tantos...Raros e Tontos...
A todo instante ela está acesa...
embalando as saudades agudas
preparando os encontros eternizados
Poucos escutam....
Mas sabem bem...
o coração é um piano.
o coração é uma flautao
coração é um violão
é apenas voz,vozes de humanos
vozes de Deuses...Vozes...
Pulsando pulsando numa estrada constante
batendo,batendo,em portas errantes
Poucos escutam.
Eu sempre escutei...
vamos dançar?

Flô

domingo, 24 de agosto de 2008






*Um beijo que dure uma noite*


Dentro do outro,sou grão
que despedaça suas origens
aguando as percepções inibidas
vasculho com língua,
imersa no óleo do outro,sou cinza
cerzida no ouro atravesso as retinas do sangue
construindo as saídas.
Durante toda noite,percebo da lua
as entranhas geladas
suposto desprezo,rejeito
vou sugando a noite
dentro de seu clarão ereto
E foges do beijo.Deito-me
vou visitar minha noite
com meus próprios versos
entranhados nos dedos.

Flô






Não compreendo mais as horas
e dentro da indefinição das coisas
permaneço em constante diálogo com a loucura
Frio manifesto,ossos tensos,dores tênues
comportados declíneos
antes ,quando tudo era breu
as luzes eram só passagem
agora nesses dias sem tempo
iluminar é provar do sono
inventando a vida no caleidoscópiodo
sonho imensidão
não compreendo mais as possíveis ordens
vivo quando quem vive dorme
morro quando
quem está morto eclode.

Flô







Devo mesmo estar surtando
Não me peças para não esperar
pois quero surpeender-me
gostaria que seu amor se mostrasse também
inquieto,ávido,insano
o que há de errado neste chão que juntos
há meses dançamos?
quero que me craves as espadas no leite
salivando as auroras vagarosamente sobre o céu da minha boca
quero que gozes ferozmente sobre uma folha em branco
consumando nosso ato
em versos livres,dedicados ao meu sorriso
Porém tudo que espero é muito.
Tu não consegues,achas devaneio absurdo.
Não culpo-o.Não culpo-me.
Seguirei enfim,em busca do beija Flor
não suporto ansiar tantos cantos
numa sempre e diversa solidão
Tua guerra é sublime
mas não ousas deixar-me desafiar teu calabouço
Escondes bem teu tesouro
ou quem sabe,quem visitou-lhe tenha roubado
de forma infinita o baú precioso de tuas declarações
considero que devas sozinho,preencher novamente o baú.
Sigo triste,boa sorte príncipe.



Flô






Vejo corações nas mordidas
das maçãs exasperadas
doce misericórdia entre céus de amores crucificados
meus dentes querem arrancar o teu verso
minhas âncoras suaves querem
subverter teus naufrágios
sopra-me para dentro de tuas feridas
coloque-me na chama que te sucumbe a alma
que ao encontro dos dragões prossigo
porém,só assim saberei talhar
o caminho vencido
dos porões de teus versos.

Flô






Ainda dentro das madrugadas,semeio minha fome infame.
meus dedos amorais sugam devagar o néctar limbo de qualquer pesar.
como se buscasse em cada gota de vento os nuances mais sombrios das expectativas.
Receio estar sucumbindo dentre farsas doces
Temo todas as violações exacerbadas deste ócio.
mEu peso é LUnar.
O que espero talvez seja,minha própria descência.
Ainda saio pela minha madrugada,incendiando todas as escavações pertinentes
Ainda espero...pelas esperas cínicas e cretinas...
sento-me...tomo chás,vejo novelas sobre mutações e psicopatas...
leio revistas sobre o que os chás repercutiram nestas personagens...
Deito por fim(início)tentando adormecer(eu finjo).
entre os bem te vi dourados que me permeiam,
está o anseio, e é nesta espera que me embriago,
como o beija Flor ainda não pôde me estuprar?
como este mesmo pássaro ainda não queimou sua veia poética sobre minha pele?
Nem o pobre sono que não chega consegue as tais respostas
deste silêncio que todas as manhãs me invade.
fechem as portas das manhãs..
minha noite ainda é virgem.
Espero.Espero meu beija Flor.

Flô





Não consigo dormir,é como se a noite não existisse fora de mim,
dentro ela uiva implorando os desejos,
todos eles e a carne expulsa desesperada seus órgãos vencidos.
Grito,implodindo mais uma lua,e todos os sêmens dos raios
invadem-me como uma torrente de sonhos.
Não páro a nuvem mãe,ela atormenta todo o tempo
com seus pensamentos doentios sobre a própria miséria.
Trago pra perto quem posso:Solidão...
Esta noite mais uns goles de tédio me sufocarão..
entendo perfeitamente quando escureço em madrugadas
pois neste instante minha consciência lubrificada
queixa-se de estar demasiado.
Não consigo transgredir,esta passagem sob túnel lunar é intrigante
traz-me maus preságios..
é como se este caminho entre o sono e o sonho
me desse provas concretas demais sobre quem sou.
Desisto,não estudarei as formas de viagem,não esperarei as ordens...
não implorarei mais as flores amarelas que me permitam amanhecer...
CHEGA DESTE DESCASO,DESTE DESPAUTÉRIO..
dentro de minha própria noite...
Meus olhos ressecados pedem paz,alguns momentos de mimo...
embalos no colo das serpentes,soros retratando o caule frígido
meus olhos não sabem dormir.
Pois em cada superfície de meu bosque
reina em absolutoum escuro- rei povoado de iluminações.

Flô

sábado, 23 de agosto de 2008






Procura-se muito as respostas,as tais definições..
o tal fazer:Sentido!batendo continência!(só soldado mesmo)
perde-se as manhãs,perde-se esse cheiro único,perde-se...
pois não há tempo suficiente para isso...corre-se...corre-se!
e ansiamos emoção,encanto,poesia no homem,apenas,
quando é da natureza e pela natureza que eclodimos...
que nascemos e renascemos em essência...
Eu também sou indigente!não há tribo que decodifique minha língua...
Também sinto-me assim cobrada por "SER"na medida que todos os outros fazem sentido...
e eu permaneço na manhã...no meu caso mais especificamente na Lua.
Fazendo todo dia um desenho novo em sua superfície...
e dentro,todos os versos emergindo das indefinições.

Flô



Para uma língua Virgem


*Uma Língua cheia de corações
poluída de amores insanos
molhada inssurreição
constante abnegação
tua boca porta estandarte do caos
entrada de húmus de hímens de homens
antes,quando era só manhã,todas as virgens da aurora escondiam
seus decotes mais sutis,desconhecia-se a dor,
não adentrava-se ainda nos abrigos mais íntimos
o amor,não tinha libertado as correntes e a língua,vazia,seca,ansiava as dores
sem nem saber...Mulheres de buracos distintos
beatas de trajes vencidos
seguiam,rezavam,excitavam...
a língua queria desenhar ,viu-se inteira noutra cais
ali,completa,escorrendo pelos cantos o gosto
ali deserta e humanamente possuída
a língua consentiu com o Gôzo.
e quando aquela dor desconhecida
espalhou-se por todo corpo
soube-se Mulher.
para sempre dor?
não,para todo agora
uma língua cheia de corações.

Flô



"Atrevida é a alma, que não se apresenta"(Teresa Coelho)



Concordo...
ela chega assim sorrateira,sem pedir licença,
nos devasta,dança as valsas,casa-nos com o vento,
lambe nosso ventre
a alma,ela menina e mulher invade-nos
como uma violação,masculinizando nosso destino
HOMEMS homens somos todos desta espécie!
rara espécie...Não nos conhecemos..
não conhemos a atrevida alma..
Serelepe,moleca,destemida alma..
ela nos preenche,nos encanta,
nos dá o presente a alma,
é o verbo de todos os versos
a alma..é o sentido convexo!
estamos aqui..atados...costurados
pela mesmo alma..A vida.

Flô

Amo-te minha sempre "pequena" Têtê







Superfícies cavadas
verde madeira sem fim
todas as espécies encontram-se
trocam suas capas coloridas
exalam cheiros novos..
descobrem outros sons
amores póstumos
dores iluminadas
diferenças exautadas
a natureza é imatura
os animais todos eles
são cegos.
Se não vejo teu verde
tampouco sentes meu vermelho.
contudo estamos aqui.
acesos,passando,cavando
com nossas patas leves
os sonhos de outra existência.
estar vivo é um estado de arte.

Flô





Entre o verde alto que te espera,avisto:Tuas ondas poéticas

...

Amo-te desde antes, quando a invenção da primavera
não estava programada
Amo-te em cada grão de olhar que depositas sobre minhas mãos
Sou Vítima desta culpa
A culpa de ter todo esse amor por ti
e nunca,talvez nunca mesmo
saber enfim quem és
Amo-te nas palavras incertas dedilhadas no sonho
Amo-te quando me sorris com um silêncio
grandiosamente Florido
Amo-te quando as folhas percebem nosso caminho juntos
Amo-te com tamanho desespero
que as mãos da água pousam sobre mim
acalentando meu céu
Amo-te quando te despes de tuas estrelas
escrevendo com as unhas em minhas costas
o trajeto da natureza
Amo-te quando surpreende-me a dançar pelas notas da chuva
chamando-me
buscando-me
Amo-te quando o deserto atravessa teu alimento
e tu e fala de todas as tuas pedras
Amo-te quando teu simples olhar investiga e traduz
a noite que há em meus olhos
Buscando a candice da lua...
assobiando versos pra Lua
em meus ouvidos
Amo-te, devagar e silenciosamente
Pois ainda não te conheço
Amo-te com loucura e urgência
porque dentro de mim,tu dorme há milênios
quebrando tuas ondas em minha cintura enfeitiçada
Espero uma noite apenas,onde as águas dos teus olhos
molhem minha língua
acendendo as sonoridades
deste nosso tempo.
Espero.


Flô

Tem gente que se recusa a enxergar a Lua...
Fala-me por que pedra me amas?
Perdão, se por esta natureza ansiosa
minhas viajens são insanamente noturnas
-e meu tempo é mesmo sempre outro-
Esta solidão rasga meu profundo numa violação
de lacres lúdicos...
e tu?
Guardas o sol em teu sono
não consigo enxergar tuas borboletas
pergunto-me novamente: que horas são?
Teu "silêncio" convidadivo conta-me
de todas as tuas presenças distraídas
Dói,Choro.
Porque tudo que escrevi pra você
escrevi no vento.
E esta Lua tão óbvia,tão exata,tão pálida
não passa de Devaneio..alucinação!
ao enganar-te,apagas contigo
as nuvens que te acariciavam...
Flô

sexta-feira, 22 de agosto de 2008





Teu Continente desvia-me sempre o olhar
as distâncias mais latentes pertubam-me a vista
embaralham as concentrações bem intencionadas
todo esse mistério que ronda as madrugadas
e esta simplicidade que não tem verso,
O teu lugar,o teu abrigo,teu presente me foge no beijo
Quando percebo coração,tento mergulhar
volta uma Flor amarga,estranha,triste
as sextas feiras gripadas logo me confessam sobre
as mais variadas distâncias e todos os desencontros
ops,perdão,esbarrei sem querer,ops,foi mal,desculpe-me
aproximo minha boca devagar,és tão rápido,tão
assustadoramente apressado....
Teu espaço brando me disfarça sem olhar,
não consigo ler!não consigo ler!
a ação que quero ver está na íris!
a verdade que quero cantar está nos olhos
daquele que me olha sem medo!
das linhas castanhas que escrevem no bilho
as palavras que elevam nossos poros...
Em que mapa nossas bocas se encontram
num único olhar poético?


Flô

quinta-feira, 21 de agosto de 2008






Resgato o tema original
-meus pés decodificam os brailes das feridas universais-
meus olhos lubificam os céticos abrigos
acalentando as personagens das pedras
que seguram nas mãos meus versos por séculos
Sedimentados
Minha voz quer ouvir o timbre de outro peito
assim aceso,assim cantante
Doce beijo é a prosa.

...

Entre as Flores recito minha pele,misturamo-nos em cantigas coloridas....


Flô






Encontrei a nuvem
derramando tinta cinza
sobre o cais
azulada percepção
se não fosse o vento provocando tudo que escorria pelo céu,
se não fosse a lua inibindo com seu clarão imponente
á chegada de novas rupturas á terra...
Assim permaneci na tinta cinza,caindo aos poucos
devagar,como a alma...


...
Foto antiga desbotando meus sentidos,santa nuvem desvirginando os umbigos.


Flô






No cobertor das sombras
encontro teu beijo fugidio
amoras amorais
fruto que descarna o próprio sumo para o Nada...
é o silêncio que me constrói
Hipocondria me Nina,
em dias raros,onde não consigo acordar
este azul que fala é covarde...
outra cor quem sabe entenda o canto das conchas
A sereia me falou que nunca quis conhecer
o naufrágo dos cometas
porém apaixonou-se pelo mar
e as constelações do profundo
a fizeram por toda vida
em si mesmo navegar...
sereia é uma espécie de astro escondido
de cauda Lunar.

....
Por vezes nos pega no colo,mostrando-nos os grandiosos caminhos suspensos.

Flô



É como se o peso doce da palavra sobre meu sorriso
traduzisse das outras vidas meu pó-verso antigo
Transgressões de peitos soterrados
chamas de lugarejos antes desacreditados
quando desperta-me o olhar lírico sobre o amor
encontro a valsa principal
na qual meu espírito pelo infinito dançou.
...
Todas as folhas me falam
Em todas elas fui o mesmo,nas mais diversas cores.


Flô





Mendigando a própria luz no outro
espelho de concha (aMar)
Apenas se espalha o silêncio dos olhos nublados
apenas se encontram nos dedos as digitais do desassossego
implorando as reações exatas
-reflexos e projeções das casas de todas as promessas-
Mendigando o próprio amor sobre o aMar do outro
desaventurança brilhante!
Tua fruta simplória,teus desejos mais vis
em todas as tuas causas meus suplícios...
esbranquiçados gemidos contidos
atados ao teu vazio desmedido
a bainha de tua barba mal feita...
quero-me em teus RI-achos-Os
Seca-me quando partes sem dizer-me sentir.

Flô

Dragão,me descobristes e agora?
soubesse bem de meu fogo,por mais medo da água que tivesse
Cuspi,lancei,joguei,soprei teu coração
Embate profundo e sereno
Descobertas poeticamente simples
as chamas estão ascendendo a cada dia,a cada passo
a cada forma de olhar que me toca as mãos
a noite sinto uma espécie de frio por dentro,
falta o fogo que completa,falta o respirar de outro dragão-mago...
vamos entoar nossa coberta,
quando domimos descobrimos também um sonho em comum.
Flô




O romance da menina pálida com a escuridão
em seu corpo,desenhos contidos,cavalos cintilantes
paixões cerzidas em sombra
redonda,um grande olho doente
raízes que a penetram por mais calor
o branco é frio,o alto é inseguro
dentro deste mesmo escuro,as pétalas
todas as rosas brancas juntas,num despacho de sentidos malditos!
todas as sombras dos homens,ressusitando o orvalho do céu
uma relação de carinho mútua,onde a sombra é responsável pelo eterno toque
é ela que passa,contornando todas as curvas do olhar maior
é ela,escuridão desconsertante que rasga os lençól inivisível da realidade
para mergulhar mais fundo na superfície pálida da morte LUA.


fLÔ




sede-Verde
renegar-Azul
amor é líquido
amor é renegar constante
abdicações,esfoliações
ambições,interações
Fluido-abstração-penetração
ejaculação,pressão,interrupção
escorree
ex
corre!
boca seca sedenta,violenta,morde,chupa,envenena
Boca tira,arremessa,atravessa,conversa,promessa
amor é digestão,começa pela boca...
o amor está na boca
no negar-se
NÃO!diz-se não!
amor é abnegação!
Parem...Isso é violação!
violem,toquem.abusem,entrem,cuspam,costurem
isso é ação.
escorre...cor e recordação.

Flô

Toda casa é árvore.
em que tipo de raiz tu confessas tuas mortes?
em que tipo de madeira descansa tuas vistas?
tuas janelas são mesmo flores?
adentram por tua portas os verdadeiros amores?
Por onde voas quando é cedo para abrigar-se
sim ,sim teu jardim é perto,
teu passo ainda é curto e teus sonhos são demorados!
toda casa é árvore,mas se podas a cobertura
arrancas também os diários enterrados nas folhas.
Flô

TEMPO CURTO






Certo dia caminhando pelo mundo real,mais uma vez me transportei...
ainda de sapatos curtos,tão curtos quanto os passos,
Ainda de cabelos curtos,tão curtos quanto o tempo,
ainda de sainha curta,tão curta quanto os sonhos...
perguntei-me: por que não existem espelhos de plástico?
e cheia de vidros nas mãos,voltei a realidade...
Era péssima de coordenação motora,mas tentei reconstríu-lo
Muito,Muito tempo depois,olhei-me de novo,deste mesmo mundo de antes
vi-me acesa,aberta,criança virgem de temores,constatando o puro...
Não existem espelhos de plástico,
porque precisamos quebrar nossa imagem vez em quando...
Eu que pensava que Narciso era um patinho...
Hoje os vidros sangram nos olhos,e as mãos pouco procuram os rios...
Bom tempo..aquele de todas as coisas Curtas!
este tempo dói porque é Longo....
Minha saia longa,
meu cabelo longo,
meus sapatos longos...
os passos?(ainda curtos)


Flô





Meus meninos passam por mim, vôos rasantes
meus amores viajantes...
espirais do tempo em minhas cordas
escadas conformadas entre as nuvens
as mãos perdidas entre os brinquedos da lembrança
Olhos de uma chuva hesitante penetram a qualquer instante no mesmo céu
do mesmo céu
Do peito sai avião errante,alçando novo canto,novo espaço
de cá de dentro do meu ninho
reconheço,grandes pássaros...
Orgulho-me,
sou também parte do tecido desta mesma viagem.
sou o tear que nossa história nunca apagará.

Flô





Da minha face bem nasce Flor
Uma folha costurando meus contornos
um caule esquecido de dor
Raiz antiga,fruto da colheita-poética
Boca de pólens que exalam todo o desejo do mundo
Olhos de texturas infindas de andor
santos em desalinhos pela planta rezam
suas ruas em minhas linhas-tempo e natureza
os poros mais ressecados da solidão cumprimentam a narina ávida,indefesa
respirar,respirar..como se fosse transmutar do verbo
em meu perfil há uma flor sempre lembrada,
esguia,tensa e compenetrada
ela vive,respirando minha morada.
Maria e Flor seguem juntas o mesmo corpo
o mesmo rosto de antes,
quando eram só sementes.


Flô

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Girafa-








Tentei crescer o quanto pude
disseram-me que alto enxergaria a felicidade
ou talvez qualquer Feliz Cidade que se possa ver de Longe
encontrei uma nuvem tensa,que avisou-me da possível solidão
possível?exata,cortante horizonte,precisa,sonora, hesitante
Não queria desviar atenção,quem poderia me ver daquela altura toda?
ingênua e ansiosa,rodopiava meu pescoço listrado de sonhos
e nada,nada do que me disseram encontrar
em cima de mim azul..em baixo também azul
tudo sempre distante demais,se não fosse a tranparância da nuvem
consolidando meu vôo estagnado...
esta menina(jovem?)"Felicidade"
esta senhora(tempo?)Feliz cidade
não tem seios fartos nem cintura de pilão
não há gravidade estabelecida,para o canto de suas mãos
ela é enquanto sumimos,subimos,tentando encontrá-la noutro
ela É,enquanto olhamos pra baixo desesperados,enbriagados de tanto azul
ela é a nuvem!a nuvem que ingenuamente atravesamos
enquanto sempre procuramos por e pelo outro!
Assim,terminei minha viagem.
(terminei?)
tRANSEI COM A NUVEM..num rasgão supremo!
Gozei de pássaros coloridos.
Estou grávida da Lua...
Assim começo a ser Feliz.
Na nuvem
Com a Nuvem
Pela Nuvem...
Bem te vi bem te vi bem te vi!


Flô




Sal Idade DA LUA


A saudade é feita de vento
inventos de fuxicos coloridos
que se espalham em desertos contidos
O "Sal" do mar,espuma que canta,
bate dilacerando os nervos do sol
"IDaDe" dos deuses despertarem pra lua
MOMENTO QUE DEUS MOSTRA-NOS NOSSAS COSTURAS...

Flor,

DesCoBertas
Temperos de rosa dos ventos
pitadas de brisas atrevidas
dançando numa cozinha de piso psicodélico"falsas" pisadas sobre o universo...
vinho branco,gargalhadas,programas de tv alucinados!
companhia de dias-tardes-noites..
só quando escurece é hora de acordar
só quando falta pouco para amanhecer é hora de dormir
a hora é este trago de algumas flores sórdidas que trazemos no peito
fumamos nosso ideal..este mesmo que nem formamos!
e amamos...amamos este instante trazido em saquinhos de contentamento!
Não acendam a luz do dia,,,ela atrapalha nosso sono
o que queremos é apenas um verso..
um verso apenas..assim..sonolento..preguiçoso..atrevido...tarado..insano!
temperos de rosa do ventos...nossos sabores descobertos
nossas cobertas divididas....
a hora é esta alegoria de desfechos
achamos no verbo..alguns vestígios de desejo
o que fazer?quando o encontro das mãos é esperar?
vamos dar uma volta quando a chuva nos visitar de leve...
conhecer ruas fantasiosas, nos perder em becos de prosa..
vamos..vamos....acordar para possível sonho...
.Adéliacoelho

terça-feira, 19 de agosto de 2008








Poema de Natal


Vinicius de Moraes


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos
—Por isso precisamos velarFalar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai
—Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos coraçõesSe deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte
—De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

menina arco íris







O chôro vem com tudo..
vontade de voar para bem longe..
e só voltar para dar recados nos sonhos das pessoas mais amadas..
vontade de voltar só quando a intuição mais serena dos que amo me chamasse...
mas não posso voar agora,meus pássaros ainda não saíram por completo dos ninhos!
tão complicado ensinar os pássaros a fazer do ninho ;flores
tão coloridas que transformem o arco íris...e o leve para longe..sem sentir...
assim sigo,arco íris trancado,num céu cinzento..escurode nuvens turvas,de estrelas bobas...
de sóis ofuscados!tudo está borrado..
mas lembro-me das maiores obras de arte do mundo e vejo:
minha vida está nesse estado..sempre em estado de arte!


... ...

Menina de saias coloridas e estrelas coladas no peito
cordões em laços de fitas por vezes partidos,em abraços distantes
nuvens de mentira que escondem gatinhos fantasiados
nuvens desenhadas nesse instante,pés descalços no sonho
levo em minha bolsa um pouco deste céu azul lápis de cor borrado
vou voando quando o ar aqui fica suspenso,vou como balão dourado
o chôro rasga sim alguma treva recolhida,batizando novas partidas
aqui neste mesmo canto,espaço- chão minhas mãos encantam...
percorro outros corações,estou e sou por este SENTIR DEMASIADO.

Flô adélia coelho

...Tua morada passa silenciando as demonstrações naturais
penso não inspirar-
e como será navegar sem mirar o mar?
meus versos querem água,somente
querem remos e canção
não exijo outra concha
quero ouvir a chuva pelas notas de suas maõs
continuoa navegar desta falta que segue desatinada
cada folha de meu corpo senta-se calmamente no teu chão febril
terra imcompreendida de árvores intolerantes
assim é o jardim,quando a espuma do mar cansa de sorrir.
Flô




...Dormir,como se pudéssemos morar
um dentro do abraço do outro
e minha vontade de dizer faz-se vontade de escutar
nossas diferenças não distanciam o peito
porque no fundo somos dois marinheiros de primeira viagem
aprendendo a contemplar o mesmo aMAR de diferentes barcos...



Teu olhar não fixa
apenas dança nos mosaicos antigos
de certa casa mal assombrada
teus versos não se mostram inteiros
repartem-se em gestos carinhosos pela madrugada
quando adentras em meu abraço
pertencendo assim
ao meu continente coração...





Na cozinha traduzo a fome de todo o grande resto
minhas saladas vencidas despem-me de trajetos longos
e nas bebida mais leves encontro a traquilidade da poesia extasiada
os mosaicos antigos eles sim,cozinham o instante
tridimensional sabor de delírios uivantes
meus versos temperados de todas as saudades bem sofridas
meus versos enlatados em todos os corações mais salgados
hipertensos queridos,adentrem na pimenta dos meus verbos mais sarcásticos...

fLÔ

Todos os nossos vômitos recolhidos num olhar
Uma noite de pavorosos semblantes desesperados
todas as pedras deste caminho suspenso
guardadas em meu estomâgo,sentia a trituração
o aperto mais agonizante de todos os sentimentos
ali,eternizando a dimensão da angústia
minha dor era tua,não podia abraçar-lhe
tuas fugas eram também minhas,embora minha boca
lutasse contra os goles excitantes de todos os versos alheios
as teias desconertantes de nossos lixos surrados
eu,a perguntar pelo teu passado,ali serena e pouco inteira
todos os nossos abrigo sedentos de beijos insanos
todos os nossos poros levitando pra lua,nuvens escuram escondendo um desejo
Nossa noite não foi fantástica,não enxergasse minha dor,sentada do teu lado
não ouviste outra voz se não da noite bêbada e gritante
ali,virei um dia pacato e extremamente ensolarado
incomodando com umza luz que somente eu degustava.
Flô adélia coelho




Foi num destes bares que me recordei
de quando via lua em todos os focos de luz
esconde esconde de mistérios nítidos
não falei de meu verso,nem recitei
falei calada do quanto a bebida me faz falta
De quando podia libertar-me por instantes
das nuvens que me cobrem de um pudor descarado
tão valioso para todas as noites que se deitam sobre meus olhos
todas elas,cegas por desventuras óbvias...
uma mesa,a madeira sugando as veias sonolentas do álcool
as gargalhadas numa dimensão inversa a sobriedade
e como estar são é demasiadamente monótono..tedioso
Como não se consegue adentrar nos espaços soltos de quem está
flutuando sobre aqueles vários focos de luz
tantas luas enbriagadamente lúcidas,pois emanavam disposições
antes contidas nas estrelas racionais de outras ilusões...
a Lua por vezes aparecia-me quarendo dizer-me algo...
mas na palidez de suas gotas ilícitas não gozei ,não penetrei em suas varizes sábias
não pude suportar o peso de estar com os pés fincados num chão de azul desbotado
meu céu era aquele lá.Vestia meu céu com a mesma ânsia da paixão jamais encontrada
A mesma daquela senhora enrugada e triste que bebe comigo
nas madrugadas febris dos outonos mais roucos.


Flô(adélia coelho)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008


Cada traço de madeira demarcava o território da tristeza
deitava meus punhos exaustos sobre a mesa,meu cabelos tensos
despertavam os desejos destas almas mouribundas
Transava em respeito aos ócios destes fluxos penetrantes
neste lar de esferas mórbidas faço e desfaço meu corpo em diamante
Cada linha do tecido costurava o itinerário da tristeza
chorava meus seios doloridos sobre os colchões turvos da beleza
sugavam-me os líquidos restantes de qualquer noite hesitante
Gozava em detrimento aos laços destas peles flamejantes
nesta espaçonave de estrelas tontas bebo deste telhado ambulante
este céu que tem meu teto fechado..e suas formas de nuvens presas
e suas formas de brilhos invisíveis...
meu azul secou,minha noite é apenas um gole lento e absurdo de vinho ruim
de uma tinta fresca e serena,a tinta destes meus versos sempre errantes.
Flô(adélia coelho)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008






Não mereço mesmo versos de amor
não mereço outras palavras entediadas do tempo
referindo-se a mim,como suposta chave ao não lamento
não mereço as flores de outro olhar
nem as irradiações precoces das rimas comedidas
não mereço o verbo translúcido das faces poéticas
não mereço uma declaração isenta de burocracias
não mereço mesmo versos de amor
porque servir de inspiração é degradação lenta
servir de desejo por paiasagens é humilhação grandiosa
não mereço versos de ódio,nem rancor
porque tamanha verdade mataria a doçura desta ingenuidade
essas palavras soam vôos absurdos...que cantarolam minha eterna verdade
não mereço estes poemas,e os tantos que já me presentearam
não mereço aqueles que nem me mostraram,até hoje nem mereço a intenção
quanto mais a feição de letras transformadas em pássaros..
não,não e não...
não sou merecedora de uma nova tonalidade de azul,feita só pra mim.
não merece esta minha vaidade.não.


Flô

Minha criança habitava jardins suspensos
Hoje desperta brincadeiras sortidas
nos corredores presentes de meu itinerário
olha-me ingênua e surpreendida
como se soubesse longe
o que de perto mais velho não vemos saída
Comunica-se com meu cão,ambos trocam idéias sobre esta vida
ele mais solitário,ela mais expansiva..é como medo e partida
andam juntos...por vezes...mas não compreendem a ferida
Minha criança é o que tenho de mais feliz
ela canta,inventa vozes,pula nos travesseiros,agarra os que ama,faz travessuras
come brigadeiro escondida...
meu colorido faz-me cantiga longa,sem mais demoras me transporta
para o jardim que supostamente ficou pra trás,Flor recolhida
é lá que guardo meus brinquedos imaginários...
no meu baú de diários,nas minhas historinhas de pequena
esta mesmo criança me chama á vida,cada dia mais nova
cada dia mais esperta,escolhendo-me e acolhendo-me
a uma grande e divertida brincadeira:esta Ida.
Meus olhos mais puros querem apenas saber desta pequenina Margarida.
Flô





Por instantes hoje não conseguia falar nem chorar
logo eu que levanto a bandeira dos extravasos sentimentais
há excesso de poros em mim,preciso ancorar,preciso fechar o cais por algumas horas
encontrei-me ainda tão bela no espelho...falei das dores,todas elas
o rio veio,inundou beleza,fez do mar realeza,consagrou meu fim
na pele a água escorria reerguendo a brancura,a textura do meio termo inexistente
equilíbrio que sempre orgulhou-me,por ora estacionei na vaga errada,estou tomando o lugar
das naturezas sábias,não sei mais definir o ócio como ontem..
não sei mais calar a ânsia como antes...
Por instantes hoje encontrei-me com minha prisão mais decadente
admitindo o buraco mais fundo de minha atual existência
nesta roupagem pálida conformo-me em ser Um "nada"
ambulante resíduo de antiga espada...já considerei-me forte...
Hoje?fraquezas enjauladas..fragilidades que confundem...indefesas verdades que se contestam o tempo todo....Adélia,seu mundo parou.
Seu mundo se foi...em que estrada desviasse todas as tuas saudades.?
O que te sobre agora é sono.E no sonho poder viver um pouco...Estás mais viva lá do outro lado
que cá dentro do peito realidade.
as manhas têm pressa de te sentir!as noites têm pressa de te confessar!
o que falta para renasceres?outra árvore?não poderás mais nascer assim...
Já és Flor,destinada a emergir,resplandecer e sorrir...
sabes que teu sonho não finda aqui..O mundo vai mudando...
rotações diversas,mas tua alma,está aqui!!!
Chora alma minha,chora que te reconheces nesta mesma água que te ungiu
água benta que me envia realejos...
os outros vão me julgando no tempo,sou esta menina mulher flor exaurida
cresci tão rápido que por pouco,não perdi esta vida...regaram-me tanto
que até hoje acho o sufocamento a forma mais linda de despedida!
Nos erros mais próximos vou somando meus fracassos enquanto amante e artista!
o que resta?esta palavra esta imagem,e minha eterna ferida.



Flô

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô