domingo, 29 de junho de 2008




Diante dos antigos sapatos vermelhos
por onde caminhava em nuvens coloridas
relato meu peito chumbado de desafios
vencê-los?por onde começar?
Fiz uma Flor de papel dia desses
pétalas de Origami-Pólens de incertezas
e um dia estaremos mesmo certos do que queremos?
e de quem somos?
Diante dos meus sapatos antigos, avermelho
e já não sei mais colorir as nuvens como antes
e tudo poderá ser como antes?
mas se o antes se foi...
o que fica é agora..e depois
no agora posso criar outros tipos de "antes"
para fazer talvez bem feito o depois
e Diante do caminho vermelho,piso em flores novas
em diferentes sensações,estranhando a dança nova das nuvens
julgando-as não merecedoras de meu amor...
Errôneamente ultrapasso as escolhas
e acredito no desamor alheio
generalizando meu coração destroçado
como se todos os outros fossem cuspir de novo em meus versos!
quero novos sapatos vermelhos
o caminho talvez será o mesmo
o chão não muda muito de cor
mas se eu permitir mudança
posso dançar com ainda mais fervor...
Diante do antigo:Despeço-me!
Vou!!!!

Flô


Amo-te amanhã,porque amanhã será enfim meu tempo!
agora não posso,passa amanhã...
agora não devo passa amanhã!
agora temo querer, passa amanhã!
podemos programar,dia horário,datas exatas de reencontros.
podemos?
Amo-te amanhã com todo meu amor
porque hoje não estou preparado
porque hoje ainda estou tão sofrido
Hoje não!Passe depois!outra hora por favor!
Estou tão ocupada em remoer meus vícios
em mastigar meus martírios
agora não dá!!já falei!!!
Amo-te amanhã com todo fervor que penso um dia ter
amo-te amanhã porque outro dia é mais Certeza
porque descanso em paz fugindo da realeza,
porque transfiguro o sonho na cruel esperteza
de que "Amanhã"é dia certo de se viver
Hoje eu permaneço na tristeza.
Hoje é um dia triste.


Flô

É como se meus passos não me tirassem nunca dessa mesma estrada
E A TINTA CANSADA DOS MEUS VERSOS INÚTEIS
fica ali exposta,azulando o cimento das horas vencidas
fico,sigo,exausta,CANSADA
Vívidas cores de fim de junho
onde ultrapasso as gotas das chuvas revoltadas
e trago pra perto alguém também ferido
mas como posso sair definitivamente desta estrada
ainda morando nela?ainda querendo materno abrigo...
Desgastado asfalto de ilusões,de castelos coloridos
de barbies enfeitadas de ruídos....
Não passa nem um carro,nem um caminhão de sentidos
Estou aqui na imobilidade desse teatro desmedido
uma farsa diária,um amor tão doído...
Misto de pena e cuidado,provoco as verdades
mas a estrada está lá..nunca via sair do lugar..nunca..
será que um dia entenderei cada pedregulho que compôe esse caminho?
ou seguirei também na solidão de ser eternamente vítima e domínio
batizado constante de um ser ferido.
Flô

Revoltada






Podemos mesmo falar de azar,a palavra AZAR exerce alguma força sobre nossas ações
ou subconsciente?
talhando talvez os restos de nossos pensamentos cruéis,tal palavra pode ter o dom
de transpor-se ao papel,ou a rua..deixando-nos incapazes de agir
Devemos justificar o caos estigmatizado em nosso espaço pela simples falta de sorte?
coletivo abandono,poços de estéricas lutas,inúteis visões sobre o real
falta de sorte?De onde vem a sorte?que a construiu?e podemos a qualquer instante destruí-la?
tamanho poder temos nas mãos,e nem o sabemos..
não sabemos manusear o positivo,manifestamos nosso negativo empregando-o mal
a essa altura do campeonato por que tentar compreender fatos isolados que nos ditam todo o resto?vão..vão..
vão livre de possibilidades..todas soltas na palma de nossa estrela...todas as linhas presentes...
amedontradas pela inconsequência humana,pela estupidez generalizada...
pra onde correr?dentro de nós também existem bandidos!e como!rouba-nos até a voz!
Nós Somos APóS...logo a Pós tudo isso,sustos,sonhos levados em segundos,
Estamos e Continuamos Sendo..E me orgulha saber que Somos Tanto...
Somos mais que simples Umbigos apostando no único passo
Somos o Azar VENCIDO,porque constatamos os "ossos do ofício"...
Constatamos mas não Morremos...
vAMOS SER MAIS nÓS ANTES,DURANTE E APÓS!


Adélia Coelho0FlÔ0

PS-meio revoltada com a impunidade que continua de certa forma ditando as regras em nossa comunidade,nesse mundo de vistas turvas..mesmo assim enxergo pessoas iluminadas que podem mais..porque apesar de todo Roubo de nossas expectativas todo o Nós Pós é Mais!
um xerinho especial em todos..e vamos transformar esse incidente!
transformar!estamos aqui pra isso!

Flô

sábado, 28 de junho de 2008


Ame
Paulinho da Viola
Composição: Paulinho da Viola e Elton Medeiros
Ame Seja como for
Sem medo de sofrer
Pintou desilusão
Não tenha medo não
O tempo poderá lhe dizer
Que tudoTraz alguma dor
E o bem de revelar
Que tal felicidade
Sempre tão fugaz
A gente tem que conquistar
Por que se negar?
Com tanto querer?
Por que não se dar
Por quê?
Por que recusar
A luz em você
Deixar pra depois
Chorar... pra quê?
Nos Horizontes do Mundo
Paulinho da Viola
Composição: Paulinho da Viola

Nos movimentos do mundo
Cada um tem seu momento
Todos têm um pensamento
De vencer a solidão
E quem pensar um minuto
Saberá tudo dos ventos
E se tiver sentimento
Estenderá sua mão
Nos movimentos do mundo
Quem não teve um sofrimento
E não guardou na lembrança
Os restos de uma paixão
Coração recolha tudo
Essas coisas são do mundo
Só não guarde mais o medo
De viver a vida, não
Foi Um Rio Que Passou em Minha Vida
Paulinho da Viola
Composição: Paulinho da Viola


Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração
Tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar...
mestreeeeeee


Nos movimentos do mundoRequerer perdas e danosÉ abrigar desenganosSem amor e sem perdãoNos horizontes do mundoNão haverá movimentoSe o botão do sentimentoNão abrir no coração



Beatriz
Chico Buarque
Composição:
Edu Lobo/Chico Buarque


Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha
se é perigoso a gente ser feliz

será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida



Salvei algumas espécies de Flores no útimo naufrágio do mar
mas como assim o próprio mar afogou-se?
ele assim como minha mãe,
não aguentou,
de tanto amar fez-se barco
num iminente rulminar
Salvo todos os dias o que restou de pérolas secas
dentro de uma pasta transparente
regenero os fios das lembranças mais simples
as pétalas nem querem mais entrelaçar
cansaram de servir de presente
para antigos amantes
descrentes do sonhar.

Flô



"Diz quantos desastres tem na minha mão,diz se é perigoso a gente ser feliz.."

Paro enquanto percebo os domínios forçados da sabotagem
lumiando as faces rubras das indiferenças sórdidas
e continuo vendo lua em todos os focus de luz
entre meus dedos essa poesia ironizando meu destino
sigo através das avessas verdades que me perseguem
tenho fome das histórias mais entranhadas
mais estranhamente engavetadas
faço sucos de saudades
querendo compreender quem sabe
se esses postes que vejo...me remetem a outro tipo de luz.


Flô


Tens mesmo o direito de exigir todo esse amor?
onde deixasses esta caixa repleta do que é teu?
o bosque perdido é esta cidade
que de pacata já não tem nada
a cesta de frutas foi jogada no rio Capibaribe
e os doces da vovozinha amargam na boca
todas as névoas do que um dia foi gratidão
caminham como passos brancos
erguendo um triunfo tímido
Tens mesmo todo esse amor?
aonde vais com tanta sede?suor e saliva?
percebes que as árvores temem sua fome?
as folhas acham que tuas flores podem inibí-las...
e o caminho segue..sereno...fluido
e meus pés já não são os mesmos de ontem
e todas as texturas secas das folhas se deitam
como se fizessem amor por mim
todas elas dançando na terra
transando a esperança que um dia morreu em mim.

Flô



Tornar-se humano...
Todos os dias minha humanidade latente me mata
todos os dias minha inconsequência pulsante me nasce
todos
os
dias
o humano esvai-se
os deuses chegam de viagem...
tantos são,vêm de todos os lados
trazendo os pedidos distantes
para quem fica aqui desse outro lado
húmus
hímen
anus
HU mA nOS
eNSAIANDO
ensaiando
en
sai
ando.


Flô



Lá vem a boba falando de amor
lá vem a boba querendo amor
lá vem a boba criando amor
lá vem lá vem...
a boba que transforma
andorinhas em abraços...
a loba que crer nos feitiços do céu
nos nuances dos temidos laços
nas cores que ardem e sufocam
as gargantas sedentas do vermelho
é hora de ressurgir dos aços.

Flô


Ave Maria a estas sedes santas que roubam-me as noites
acordando todos os gemidos gritantes
para dentro
para dentro
Ave Maria ás Marias errantes que como eu suportam
o peso de sentirem demasiado.
Ave Maria aos corpos esquecidos,doloridos
que levam as bandeiras encardidas
das causas mais infames e temidas
Ave que alça vôo longe
protege Maria,
pois ela ainda sonha em voar
e quer voar aqui para bem perto
quer voar
para dentro
para dentro.

Flô



Escrevo cartas aos amores
os novos e os antigos
tentei por tantos anos comunicar-me com olhares e gemidos
quem ousou desafiar-me?
provocar-me ao que parecia-me inatingível?
escrevo cartas ao amor
porque necessito provocá-lo todos os dias
nos quais ainda sentir-me viva
sensações e ações intangíveis
"meu coração tem mania de amor"
escrevo cartas desde que os verbos são apenas verbos
transpassando as horas dos dedos na oração dos bandidos
Reescrevo cartas,Reescrevo amores,transcrevo sentidos
projeto visões,perco apenas os amigos
salvo poucos e frágeis clarões...

Flô


No início de tudo
quando tudo era só início
foi aí que tive a ligeira impressão que talvez o início tenha se perdido
na ânsia dos goles mais ágeis
na expectativa dos beijos mais esquecidos
ali..na beira da calçada
no começo da rua
nas pontas dos dedos
principiava uma história
não sei bem dizer se história com "h"ou Estória com "e"
mas era uma linda "stória"
de um casal que escondia-se no verso...
um Deles temendo o inevitável...(ESCREVIA..ESCREVIA..)
e o outro distanciando o temido..(ESQUECIA QUE ESCREVIA..ESQUECIA..)
assim...dois pássaros levavam suas asas
achando que "início" era sempre quando se alçava novo vôo...
iNÍCIO era sempre quando se pensava em partir
mas num era mesmo RePartir?
voltando ao início e parafraseando alguém já esquecido
ou dessa stória esmorecido..
lembro-me bem....
o nome dessa ligeireza das vontades cercada de aspereza
era: MedO!
E ERA ISSO MESMO QUE ELES TINHAM!
um medo de perder o prazo das nuvens
um medo de não mais sentir o gosto das horas virgens
um medo de permancecer na estática condição do hesitar
assim...iam....roucos ...tentando cantarolar alguma canção
e só saiam gemidos e gritos de socorro...
Certo dia,quem muito escrevia ,ouviu
quem não mais escrevia ,voltou
e quem só assim de longe assistia ,sorriu...
era o início de uma stória de amor...
os pássaros ainda acreditam em histórias e estórias de amor.
bem te vi bem te vi!

Flô



Não sei mais dizer-me pó
quão insignificante em todas as mãos
perco-me quando julgo encontrar as linhas
determinadas linhas que sobrepõe meus aprendizes
Sou e serei sempre apenas um feto
afetado afeto deixado de lado
fetiche fechado nas mãos
Não sei dizer-me carne
tão ignorante os corações perante o meu
órgão pulante e burro
que galopa o inverso do verso
contrariando as veias do convexo peito
Duro o sono sereno dos que não sabem Ser Só
Ser Sós
SeR pÓS
nÓS
aQUI..
mãos que limitam nosso crescimento...
podando nosso corpo
malbarateando a superfície do amor.

Flô



Lá onde o tempo passa perto
onde a chuva traz remédio
onde as curvas têm ascenção
na caixa antiga dos poemas
minha mãe deitada
cantando pra mim...
suas dolorosas cantigas de despertar
todos os ventos na minha mão
Lá onde a seca faz morada
onde espelhos são pés d água
onde a luz diz saber
nas ilhas fincadas no peito
sabor e deleito
de ser sempre aprendiz
assim vou-me e desprendo
assim canto pra não ser suspeito
aqui onde Lá é agonia.
coração
estrada e estadia.

Flô

terça-feira, 10 de junho de 2008

Lacunas doentes da felicidade





Completamente confusa reluto contra o sono
estagnando as levezas que antes me satisfaziam em preces
absolutas agonias que tudo daria certo...
antes quando o pássaro encontrava-se preso em meu coração
a poesia transbordava em lampejos esguios
travo uma batalha com a imagem
vendi-me muito tempo casando o que parecia
com o que construía...
hoje ainda sinto-me mal em perceber que os olhos do sentimento
são cegos,cegueira doentia da paixão
ilusório despertar de contemplação
adoro-te em silêncios doces,
na busca de um olhar mais profundo
lesse todas as obras românticas
imaginei todas as odes da infância
vivenciando cada beijo na espera
nos diálogos falta apenas experiência
em egoísmos soltos busco preencher
as lacunas doentes da felicidade.

Flô&2008

Portas do vazio






Da solidão todos sabem
a solidão é amiga
velha conhecida
arquiteta das sombras
ela ergue os vazios mais valiosos
enche os rios mais populosos
da solidão todos sabem
deitarei agora com o silêncio
aquele pertubador
que diz bem quem somos
e é por isso que temos medo do escuro
é por isso que temos medo de dormir
porque sabemos tanto quem somos
que no eco de nossa existência fugimos
das responsabilidades.
quem quer ouvir o silêncio?
quem?
desertos familiares nos acariciam
quero deitar no colo do mar
e ninar as conchas do futuro
quando estarei pronta para ultrapassar essas portas?
as portas do vazio?
tentarei sonhar com muito barulho!

Flô*2008

Invisível


Não sei bem o que desperta tais ondas sonoras de interesses
Pessoas se testam a cada segundo...
da roupa ao sexo experimenta-se para depois levar...
ligamos nossos cabos usb em telepatias anônimas
relevando índices de solidão
tecendo uma rede de sensações
sensações apenas
apenas?
ações
sem ações
não sei bem o que desperta tais vícios sinestésicos am alguém
Um choque,um alarme,um farol
não consigo mais ver os olhos de ninguém
e atravéz dos meus enxergo lôdo
sens Ações APENAS?
conecte-se rápido a velocidade é que condiz
você pode estar ultrapassado
ser Moderno é ser tão tranparante
que o invisível
vira fusível....
Flô*2008

Assistam ás SOMbras





Nos bastiDores
Tantos expectaDores
que mal percebemos de que espetáculo se trata
A dOR É IMENSA..mais forte que a multidão de vazios
que lotam nossa atmosFera
percebem as SOMbras?
elas que nos falam
elas que nos ditam o texto principal
porque a luz,a luz meus amigos
ela é SUPERficial...
é da sombra que erguemos o palco real
é da sombra que emergimos da expectativa
é da sombra que hesitamos do penhasco
e prendemos a atenção das idas
moro aqui neste imenso de cadeiras sozinhas
as vezes brinco de luz...
saltando sobre cada assento empoeirado...
porém logo esta rajada de laser passa
logo,isto que chamamos vulgarmente de alma
vai-se consternada de obviedades
apavorada de irrealidades
espetáculo denso esse
não entendi nada..
e vocês ?
querem mesmo entender?
assistam ás sombras...

Flô&2008

Sabes do tempo?





Não há porque sorrir bela Flor
engana-se ao pensar tão rapido
que teu motivo maior de sobrevivência
alimenta-se de mariposas sorridentes
os lagos têm medo de barcos pesados
o verde foge diariamente do vento
correndo correndo...
dançando contra a natureza segues
como o pouco verde que nos resta
proibindo o futuro
estranhando a vaidade
negligenciando a ternura
sabes do tempo?
não há porque chorar bela Flor
primeiro porque tua beleza é eterna
efêmeramente terna
e de nada te acalanta...
pois tua alma é de compostos subliminares
não há como orgulhar-se de uma moral inexistente
não há como pré conceber atos sobre conceitos irrelevantes
nos espasmos do meio termo segues
em tua face apática vejo claramente
um quase sorriso mórbido
uma quase lágrima doentia
sabes do tempo?
Uma Flor entre o verde do mundo inteiro
achando-se bela,poderosa
isso parace-me conto do pequeno príncipe.


Flô*2008

escuridão disfarçada


Pertubações elementares
e se não fosse a minha loucura a justificar os sonhos mais ousados?]
o que seria deste corpo se outros planetas não visitassem sua superfície?
o mais árduo processo é penetrar neste ócio sagrado
desmitificar as sombras passadas,consagrando outros tipos de fuligens
todos os rótulos acesos,todas as constrangidas paixões alertas
saio como que,areia pudesse brotar,meu rosto deformado pelo caos
pela ansiosa verdade a me sugar
outras mulheres me perseguem,não ouso desrespeitar as raízes
sou feita de grãos antigos,todo meu pó acompanha-me em diferentes abrigos
esta terra tórrida deu-me apenas sangue,o fado promissor das origens
é hora sim de abraçar todos os clichês mais absurdos
alimentando a fulgacidade,a efemeridade das constelações
enganamo-nos quando avistamos tanta luz no céu
é tudo tempestade distante,não há beleza nisso.
não há beleza numa escuridão disfarçada.
Flô*2008

único céu


Esta febre e a oscilação do ócio...
espirro alegorias falidas
numa constirpação exemplar
minha alergia anônima prende-me
nos lençóis desumanos da covardia
um medo constante de deixar-me ir com o vento
ao mesmo tempo sinto o sabor de todas as nuvens
as nuvens lilázes,as nuvens azuis,as nuvens amarelas
as nuvens verdes,todas as variações de sons
esta febre guarda um tesouro novo
intransigente luta a favor de um único céu
e da permanência inalterada de seu azul dominante
espirro categorias esmorecidas
meus olhos vão fechando-se aos poucos
numa agonia latente,escrever agora parece-me difícil
pois minhas mãos querem destroçar meu rosto
querem arrancar o ar destes versos inúteis
querem destruir meu ímpeto de continuar pela palavra viva
e se ao menos soubesse onde a lua escondeu suas músicas
injustiças da natureza,ficar assim tão exposta a este breu
sem ao menos ler as composições da dúvida
codificar as intenções dos beijos silenciosos
aqui,na noite sem lua,desanimo sobre esta pobreza
de sentimentos acovardados
.o único céu,esbranquiçado,tristonho,guardado.

Flô*2008

EXCESSO DE CORES




Não permito-me calar os olhos sob a escuridão
meus olhos falam a todo instante contra a luz
Derramei uma lágrima a poucos momentos
somente um rio desaguando por dentro
todo resto é fonte,todo resto é ponte
sensibilidade cruel que me tira as amarras
sentir como se não bastasse observar o amor
contemplá-lo sobre carruagens enferrujadas
sobre jardins acizentados,sobre promessas difundadas
aqui onde as flores morreram do excesso de cores
aqui onde os pássaros latejam em meu sexo os horrores
aqui onde estabeleço um laço com o universo
é aqui que choro,é aqui que desesperadamente peço
mas não sei mas o quê..
é tudo tão profundamente raso,que só beiro meu profundo
na fantasia e na ilusão que em vão despeço.


fLÔ*2008

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Uma Flor antiga?






a História Da flor Dos ventos



Era uma vez....(toda história começa assim mesmo?)
uma Flor...plantada num jardim marrom...
Essa Flor tinha uma particularidade....
não gostava de raízes!
queria andar...sair por aí...se transmutar...
numa de suas exalações matinais...
um belo dia...atraiu a mão de um poeta...
o poeta colheu a flor...levou-a no barco de sua existência..
e deu-lhe um beijo na covinha direita do seu rosto!
O poeta deixa a flor seguir seu destino de flor sem raízes...
e as pétalas escorregavam pelas mãos do poeta como se fossem pedras de vento!!!
ou como se o vento fosse pedras sopradas em seu rosto!
o poeta encontrou um coração partido...
e quis remendá-lo com versos!!
o poeta quer ver o coração da flor inteiro!
quer vê-lo aspergir amor...outra vez!!
e quando se diz outra vez...
na verdade quer dizer-se..pela primeira vez!
o poeta beijou a pétala dourada da flor...e a fez dormir!!
e velou o sono da flor como quem vela o sono dos ventos!
o poeta seguirá sua travessia com o cheiro da flor em sua alma fria!
O Poeta fala:
que o cheiro das pétalas penetre teu sono...
e tua pele de algodão doce!!

Música




Figura (Orlando Morais / Djavan)



A mim não importa ser a sombra
quando você é a figura
ser a situação quando você é o assunto

Eu nasci pra estar ao seu lado
mesmo se não estamos juntos
e é por isto que quando gritas
permaneço calado
como o sol determina
retrato falado, meu pé de laranja lima
nós somos assim como um desenho
talvez reflexo e refletor

Música linda....

Você, as imagens que tenhoas que queroas que tenho amor



Filha do Sol
Saudade imensa
chega logo férias!
quero ver minha Pricesa!
Beijos Maria Teresa
Filha postiça que a lua me deu!

Drummond


“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade” Carlos Drummond de Andrade

Fogão









O alimento desta morte
prepara-se com antecedência
alguns rios padecem de tristeza
algas relaxadas de destrezas
leiloaram meu abusurdo
este chão está coberto de náuseas
e o receio de dividí-lo com outro
adentra todas as fechaduras
cobertas entradas de saudade
um fogão possuindo as aventuras dançantes
mas ao fundo a realidade acena
com uma cara não muito boa
hora de despedir-me
de qualquer possível amor
sangrando mOlhos brancos
suando mOlhos de tomate
salvando poucos rabiscos
em meu corpo
alimento morte.

Adélia Coelho

Lua







Lua

Distonia hesitando o beijo
super mercado das horasi
luminação=cegueira óbvia
rolantes escadas de ilusão
se não fosse a chuva
mostrando-nos a sombra
que seria do pedaço de lua solitário?
a quem daria nosso clarão?

Flor*

domingo, 8 de junho de 2008

Manga esverdeada









Manga Esverdeada



Ruas de realidades suspensas
poros sufocados
pontes sem abrigos
defasada realeza
vaginas superficialmente loiras
prisão da tarde,cerveja
corpos congelados no tédio
No suor do tempo inútil
o passar das horas que não cessam o medo
ruas de insanidades intensas
figuras marginalizadas
Rios sem caranguejo
mangue da noitea carne,vermelha promessa
a deglutir nossos pecados
O sangue libertino desejo
de corromper o sacrifício
a honra e a glóriade o tê-lo feito
tudo exposto dilacerado
comercializado
pintem as cascas das frutas
por dentro o gôzo é o mesmo
amarelo vegetativo
estagnada ampulheta do nada
inssurreição de orgias poéticas
aqui jaz um caminho
sem cores inventadas.

Adélia Coelho.

ps-Amarelo Manga-Embora não tenha gostado do filme
a interpretação de Chico, Mateus e Leona...Trouxeram esse poema.

Fome






Fome

Não quero dormir,não consigo enbarcar neste canal...
entregar-me a reais possibilidades...
o vão é agora,o não é demora
minha fome é dos umbigos alheios
minha fome é de temperos bandidos
não posso afugentar-me na imensidão dos verbos
eles não me dizem nada
absolutamente nada
o que me diz é o olhar
o que me diz é tua cor castanha de olho brilhando
isso por vezes me conta do mundo...
e dormindo esqueço que sabor tem algumas pestanas encantadas
dormindo posso não mais voltar para os beijos de chocolate,
dormindo,imagino que estou ancorada(acordada)
e isso é perigoso..
extremamente perigoso...
preciso acordar
acordar enquanto ainda estou aqui.
minha fome é de versos mortos.

Flor

Tacos





Tacos



Alimenta-te de supostas verdades
temperadas de salsinha
uma exposição animal...
todas as formigas do mundo em meu corpo
soluçando os outros verbos espertos
percorrendo os tacos subversivos da agonia
empresto-te a maca de minhas ilusões
neste mesmo deserto sólido
abstrata sordidez...
estamos cá..a sós..
neste mundo que nem acorda
neste mundo que nem desperta
nosso alimento é fogo,apenas fogo...
e mentes um olhar pacato..
procuro o vermelho das faíscas
é tarde,tu escondes atrás do sono.
o sono rouba-te a cor
e tu vais assim,como quem se deixa levar pelo vento
dominado pelos sentidos da natureza
deixa-se dormir....adentrar a realidade
deixando para trás nossa vãs possibilidades
deixando-me sem as cosquinhas e as implosões de minha festa.
minha doce e serena vaidade.

Adelia flor

Transição







Transição



Um calor não mais esperado...
é quase manhã
a noite dói
a noite dói
dói uma solidão que nunca abandona
uma solidão mais redonda
solidão de olhos grandes
pungente saudade de qualquer coisa
que não nós mesmos
tangente inverdade que tece explosões nostálgicas
não quero esperar pelo dia,não mereço essa iluminação
é a escuridão que me brota
é a escuridão que docemente me sabota
tornando-me sol,minha própria estrela..
minha própria luz idiota.
um calor que desaparece enquanto escrevo
a prova de que estou morta
o dia rói
o dia rói
preciso deste silêncio que mora nas palavras
preciso desta escalada até a lua
a solidão me cantou certa noite...
dizendo-me baixinho:Flor,violeta Flor...sempre terás este imenso clamando
este "imenso" é você...
te chamando...
a tua solidão é tua cor.

Flor2008*

Porta-beijo






Porta-Beijo



Os trajetos de teu corpo
magreza aguda de aversões
tua libertinagem trancafiada
esta porta-beijo encostada
estandarte da letra
comédia em disfarces neutros
todos os comentários
conbinando com minha voz
todos os olhares
salientando meus devaneios
a travessia de tua pele alva bandida
respirando meus sinais...
Nossos cabelos compondo a mesma música
cachos e madeixas lisas encontrando-se no beijo
caminhando entre teus alicerces encontrei um garoto
homem-inteiro treinando os poderes da tempestade
temendo os dramas alheios,supondo o desejo em outrem
gemendo em irônicas cambalhotas,comovendo o tempo
na sarcástica justificativa da morte
não pergunto-me como vi certas coisas
estas mesmas,que aqui descrevo atravessando-as...
são minhas,apenas..minhas bobas constatações
do que nem é..nem nunca será...
talvez do que ainda poderá..ou simplesmente já o é.
Vou-me desconsertar o vento..
soprando estas leves insanidades
Logo,saberás do medo,este amigo grato que nos toma os limites
que nos sabota as verdades,que nos rouba do grito...
este mesmo tirano que nos liberta da razão..
deixando-nos alienavelmente alheios a nós mesmos.

Adélia Coelho

DesCobertas






DesCoBertas



Temperos de rosa dos ventos
pitadas de brisas atrevidas
dançando numa cozinha de piso psicodélico
"falsas" pisadas sobre o universo...
vinho branco,gargalhadas,programas de tv alucinados!
companhia de dias-tardes-noites..
só quando escurece é hora de acordar
só quando falta pouco para amanhecer é hora de dormir
a hora é este trago de algumas flores sórdidas que trazemos no peito
fumamos nosso ideal..
este mesmo que nem formamos!
e amamos...amamos este instante trazido em saquinhos de contentamento!
Não acendam a luz do dia,,,ela atrapalha nosso sono
o que queremos é apenas um verso..
um verso apenas..
assim..sonolento..preguiçoso..atrevido...tarado..insano!
temperos de rosa do ventos...
nossos sabores descobertos
nossas cobertas divididas....
a hora é esta alegoria de desfechos
achamos no verbo..alguns vestígios de desejo
o que fazer?quando o encontro das mãos é esperar?
vamos dar uma volta quando a chuva nos visitar de leve...
conhecer ruas fantasiosas, nos perder em becos de prosa..
vamos..vamos....
acordar para possível sonho....

Adéliacoelho

Roseira





"Não me basto como companhia, preciso dos meus silêncios tanto quanto preciso dos silêncios dos outros a fazer eco dos meus".



Roseira


Lençóis exatos
suores apáticos
me rasgam os gritos
não posso desafiar este tecido
relampejo entre a pele distorcida da verdade
nua de intenções,encharcada de visões
lençóis exatos
lubrificações,risos simpáticos
outras formas de invenções
me roubam as teorias vencidas
não posso renegar este tear
chuvendo entre as roseiras da ilusão
com todas as minhas roupas de preconceitos sugeridos
dilacerada exerço meu dom..
sobre esta tela gosada
sobre esta noite estuprada
sobre tijolos roubados
sobre mulheres felizes
agora,sinto que outra posição é inverso
e que posso "Ser" não permanecendo no verso.

Adélia Coelho

terça-feira, 3 de junho de 2008

aNA cRISTINA CESAR






"Olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue nas gengivas.








Tu queres sono: despe-te dos ruídos, e dos restos do dia,
tira da tua bocao punhal e o trânsito, sombras de teus gritos,
e roupas, choros, cordas e também as faces que assomam
sobre a tua sonora forma de dar,
e os outros corpos que se deitam e se pisam,
e as moscas que sobrevoam o cadáver do teu pai, e a dor (não ouças)
que se prepara para carpir tua vigília, e os cantos que
esqueceram teus braços e tantos movimentos
que perdem teus silêncios, o os ventos altos
que não dormem, que te olham da janela
e em tua porta penetram como loucos
pois nada te abandona nem tu ao sono.









Flores Do Mais

Devagar escreva uma primeira letra
escreva nas imediações construídas pelos furacões;
devagar meça a primeira pássara bisonha
que riscar o pano de boca aberto sobre os vendavais;
devagar imponha o pulso que melhor souber sangrar
sobre a facadas marés;
devagar imprima o primeiro olhar sobre o galope molhado dos animais;
devagar peça mais e mais e mais








Deus na Antecâmara

Mereço (merecemos, meretrizes)
perdão (perdoai-nos, patres conscripti)
socorro (correi, valei-nos, santos perdidos)
Eu quero me livrar desta poesia infecta
beijar mãos sem elos sem tinturas
consciências soltas pelos ventos
desatando o culto das antecedências
sem medo de dedos de dados de dúvida
sem prontidão sangüinária
(sangue e amor se aconchegandohora atrás de hora)
Eu quero pensar ao apalpar
eu quero dizer ao conviver
eu quero partir ao repartir
filho
pai
e fogo
DE-LI-BE-RA-DA-MEN-TE
abertos ao tudo
inteiro
maiores que o todo nosso
em nós (com a gente) se dando
HOMEM: ACORDA!
*








Poesia


jardins inabitados pensamentos
pretensas palavras em pedaços
jardins ausenta-se a lua figura de uma falta contemplada
jardins extremos dessa ausência
de jardins anteriores que recuam ausência freqüentada
sem mistério céu que recuas em pergunta
*



Psicografia


Também eu saio à revelia
e procuro uma síntese nas demoras
cato obsessões com fria têmpera
e digo do coração: não soube
e digoda palavra: não digo (não posso ainda acreditarna vida)
e demito o verso como quem acena
e vivo como quem despede a raiva de ter visto
*



Ana Cristina CESAR

*

O amor






O amor
Zéu Britto
Composição: Tom Zé




O amor é velho, velho, velho, velho
E me nina
O amor é trilha de lençóis e cuba,medo e maravilha
O amor é velho, velho, velho, velho
E me nina
O amor é trilha de lençóis e cuba,medo e maravilha

O tempo, a vida, a lida
andam pelo chão,
O amor aeroplanos,
O amor anda nos cantos
O amor zomba dos anos

O rastro dos ciganos
No vão dos oceanos
O amor é poço onde se despejam
lixos e brilhates
Orações, sacrifícios, traições.

O amor é velho, velho, velho, velho
E me nina
O amor é trilha de lençóis e cuba,medo e maravilha
O amor é velho, velho, velho, velho
E me nina
O amor é trilha de lençóis e cuba,medo e maravilha

O tempo, a vida, a lida
andam pelo chão,
O amor aeroplanos,
O amor anda nos cantos
O amor zomba dos anos

No rastro dos ciganos
No vão dos oceanos
O amor é poço onde se despejam
lixos e brilhates
Orações, sacrifícios, traições.


Algumas músicas que gostei da trilha do filme A MÁQUINA

A máquina







Dia Branco -
Tema do Filme a Máquina
Desconhecidos
Composição: Geraldo Azevedo


Se você vier Pro que der e vier
Comigo
Eu te prometo o Sol
Se hoje o Sol sair
Ou a Chuva
Se a Chuva cair
Se você vier até onde a gente chegar
Numa praça, na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar
Nesse dia branco..

E se branco ele for
Esse canto, esse tão grande amor
Grande amor
Se você quiser
E vierPro que der
E vier
Comigo

E se branco ele for
Esse canto, esse encanto, esse tão grande amor
Grande amor
Se você quiser
E vier
Pro que der
E vier
Comigo

..Musiquinha boa...





Ah, vem cá, meu menino / Pinta e borda comigo
Me revista, me excita / Me deixa mais bonita
Ah, vem cá, meu menino / Do jeito que imagino
Me tira essa canseira / Me tira essas olheiras
De esperar tanto tempo / A mudança dos ventos
Pra me sentir com forças / Prá me sentir mais moça
Ah, vem cá, meu menino / Pinta e borda comigo
Me revista, me excita / Me deixa mais bonita
Ah, vem cá, meu menino / Do jeito que imagino
Me tira essa vergonha / Me mostre, me exponha
Me tire uns 20 anos / Deixa eu causar inveja
Deixa eu causar remorsos / Nos meus, nos seus, nos nossos
La, ia, la, ia, ê / La ia ê La, ia, la, ia, ê / La ia ê

Inexoravelmente....uau






A Natureza Das Coisas
Santanna
Composição: Accioly Neto



Ô chá, lá, lá, lá, láÔ chá, lá, lá, lá, lá
Se avexe não...Amanhã pode acontecer tudo
Inclusive nada.
Se avexe não...A lagarta rasteja
Até o dia em que cria asas.
Se avexe não...
Que a burrinha da felicidade
Nunca se atrasa.

Se avexe não...
Amanhã ela pára
Na porta da tua casa

Se avexe não...
Toda caminhada começa
No primeiro passo
A natureza não tem pressa
Segue seu compasso
Inexoravelmente chega lá...

Se avexe não...
Observe quem vai
Subindo a ladeira
Seja princesa, seja lavadeira...
Pra ir mais alto
Vai ter que suar.

Ô coisa boa é namorar
,Ô coisa boa é namorar.

Tons,verbos e carinhos





Sextas insnanas,assobio os mármores de outras estátuas,
confesso um segredo ao ouvido do vento
Danço os chocalhos do passado...Tentando mergulhar no instante
Tomar todos os sabores de meus queridos instantes(sopinhas ensacadas)
Visito o vinho de leve,constatando todo meu resto ao redor...
Encontro desertos familiares,abraço ternuras vulgares..sigo...
ao meu lado dois olhos rabiscando toda dança do reconhecer-se...
Conhecidos mangues de solidão,folclores rejeitados no beijo...
Poesias atadas a um Nó Maior...
Elefantes rosas enfeitam a mesa
e rimos tanto de nossa mescla de lerdezas...rsrsrs
Visitamos as letras,Intercânbio de vaidade?
Na simplicidade de encostar-se apenas,seguimos
hesitando tons,verbos e carinhos....


DéliaFlor*2008

bOLHINHAS DE SABÃO...





"Te darei o necessário
Lhe darei FÉRIAS compridas
Teremos alguma RESERVA
Para aturar as nossas vidas
Por favor, não diga não

Fique comigo TRANCADA
Distante do mundo
Sedada de DENGO

Fique comigo LARGADA
No meio da SALA
Me olhando insone
Não, não atenda O TELEFONE

Criaremos nossos VÍCIOS
Criaremos nossas mágoas
Criaremos nossas neuras
e nossas raivas

Criaremos nossos DIAS
Criaremos nossa sorte
Criaremos nossa VIDA
e nossa morte

Só nós dois e o confronto
De não procurar saída
Só nós dois e a certeza
Das VONTADES PERMITIDAS
Por favor, não diga não

Fique comigo trancada
DISTANTE do mundo
SEDADA de dengo

Fique comigo largada
No meio da sala
Me olhando insone
Não, não atenda o telefone

Criaremos nossos vícios
Criaremos nossas mágoas
Criaremos nossas neuras
e nossas raivas

Criaremos nossos dias
Criaremos nossa sorte
Criaremos a nossa vida
e a nossa morte

ENCLAUSURADOS, aaah...
Enclausurados, aaah...
Enclausurados, aaah... "


"Eu só quero meu LENÇOL DE CASAL
O resto fica com você!
Eu só quero meu lençol de casal,
Burocracia é com você!
Eu só quero meu lençol de casal,
Armas de fogo é com você!

Parece loucura brigar por lençol,
Mas esse foi costurado por minha TIA MONGOL(ahahahahrai)


O hálito roça o DENTE, o dente roça o PÊLO,
O pêlo roça a PELE, a pele roça o corpo,
O corpo roça a ALMA e a alma roça o MUNDO
E esse negócio de alma na alma é PROFUNDO
É o "tete no tete"...
Debaixo da LUA, da noite, do Sol, da manhã, da bombanuclear
EU SÓ QUERO UM AMOR E UM LENÇOL O MUNDO PODE ACABAR!

Músicas de Zéu Britto*

Saudade





"Essa moda é nova que vem de Sergipe sapato americano,cabelo apirulito,cabelo apirulito,sapato americano....essa moda é nova é de sergipano..le le ô saudade le le ô
saudade vou-me embora e tu fica
esse teu fica me mata
lêle ô saudade lele ô saudade....
Saudade...."

Meu URSO MUNDO





Um vasto mundo de possibilidades...
dentro de meu estômago de Urso,os medos,os traumas,os laços,os karmas...
Montanhas de excitações esporádicas..
balões de contentamento incandescente!
Aviões de sonhos amarelos...
Piadas de mau gosto sobra padres que sobem aos céus pendurados em Balões coloridos de aniversário....
Desejos sabotados,preguiças em bandeiras penduradas!
Uma boca sedenta,um país detonado,uma alma poética
Um intrínseco Mundo de indisponibilidades...
Minhas dores patéticas,as doençinhas sem Médicos
Todas as cirandas sem participantes...
Um Urso sonhador,que quer bailar em diferentes estrelas
por diferentes luas sorridentes
Luas mordidas,pedaços de sorrisos distantes..
pálidas confissões sobre a magia
valiosos pedaços de sorrisos Gigantes...
Um Vermelho mundo de responsabilidades
Os conselhos das esquinas malditas
onde rego flores despercebidas
as viagens que faço nos países que rondam o sul dos meus órgãos,cá dentro...
os invernos e outonos das ilusões...secas folhas fragilizando o tempo
Meu mundo Mansinho,Brabo como um urso..um urso inofensivo...
Grito para dentro sempre,meu grito é para dentro!
aqui dentro desta barriga há um universo de imaginação colorida!
vejam..admirem a projeção de minhas dores bandidas!


Aélia Coelho 2008*

iSSO É COMPLEXO!



Como é complexo(isso é compleo Adélia!rsrs)Aconselhar sua família...
Ultimamente tenho me sentido meio mãe Flô...a consultora sentimental...
Acho que até gosto desse papel ,pois se não gostassse não atraía tanta gente precisando de ajuda!
e como se eu não tivesse problemas e respectivas dúvidas a respeito dos mesmos!rsrsrs
ah..desde pequena foi meio assim:"ah ela é tão madura,entende tudo,despeja nela.."
"que garota forte,precoce,tem umas respostas imediatas para as coisas"oh!!!
oh!escambal!!!oh?Oh ora merda!!!!que grande Mãe de santo que sou!sou mãe de porra nenhuma
(dei para escrever palavrões agora e daí?)
Sempre foi pesado para mim este estigma de "menina madura",que sofreu muito enquanto jovem e que conseguia compreender os maiores absurdos sem muito espanto!(é as vezes com espanto!!)
Porém,abracei esta imagem..alimentei certas expectativas,uma rebeldia com causas,uma sinceridade pertubadora,"ovelha Branquinha"da família..sempre de alguma forma sacodia os alicerces,provocando as raízes,os conflitos,querendo compreender as fugas,as intrigas,as saudades...Escrevendo cartinhas desaforadas(essas são famosas)pela crueldade,pelos sarcasmo e pela visão realista que exercia sobre os fatos...(sei que não deixa de ser um estereótipo de juíza,de "deus"),depois de muitos anos,admiti que fui de certa forma injusta e que não possuía os poderes que achava que possuia...e que bom que não os possuo!
Porque minha capacidade de enxergar minha fragilidade e minha notável imperfeição está bem
mais que fixada em meus passos...
tENHO REFLETIDO sobre as perguntas que me fazem..porque de certa forma..estou revivendo algumas cenas marcantes de minha vida através das novas experiências da caçula da Família de Coelhinhos!srsrssrsr
Os primeiros beijos,os primeiros lugares descobertos,as primeiras traquinagens!
e as respectivas cobranças,sermões,perseguições enfrentadas...
tudo tão parecido..se o tempo não tivesse passado e as coisas não tivessem piorado tanto!
Hoje,vejo o quanto é complexo educar(e olhe que nem tenho filhos ainda)
Como é difícil tomar uma atitude...expôr uma preocupação com cautela
Sem ter que ser odiada por isso!uau!Ser amiga e ser Orientadora papel árduo!
Mas aprendi um pouco com minha mãe filha,estou repassando para minha filha coelhinha de coração..tomara que ela me escute!Mas jamais serei uma ditadora!jamais!
Enquanto eu puder ajudar com essa minha noção de equilíbrio sobre os acontecimentos estarei aqui!faço com o maior amor do mundo....
Ser aborrescente é c0mplexo mesmo!rsrsrsrs....Acho que eu nunca deixarei de ser!rsrsrss


DÉLIA cOELHO*2008

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô