segunda-feira, 31 de março de 2008





Minha menina dos olhos de pérola
Minha menina da cor púrpura do doce chocolate
Minha garota de lágrimas erguidas
Minha garota adulta que engrandece o mundo
Não posso alimentar teus sonhos
não posso te garantir o amanhã
não posso assassina o preconceito para você voar
Doce menininha,drops,pipoca,jujubas
sei que não és mercadoria...
teus olhos cantam minha fúria
paralisam minha insana realidade
como gostaria de ninar tua beleza
encontar-te em meu peito
e só te deixar acordar quando
o mundo também acordasse
acordasse para tua importância.
Minha garotinha
nossas garotinhas...
no branco e no preto
elas estão sós por aí...
sós...


Adélia



As vezes é necessário ligar on o FODA-SE!
Sei que muitas pessoas acham que uso uma linguagem bonita
quase nunca uso palavrões,ou gírias,ou palavras chulas..."é?"
e não me esforço..é natural..."sério?"
mas um bom FODA-SE!!!
ás vezes faz um bem enorme a saúde!
Foda-se a politicagem
Fodam-se os caras machistas
Fodam-se os imbecis falso moralistas
fodam-se as marias vai com as outras
Fodam-se os bons costumes
Fodam-se as fachadas infelizes
Fodam-se as dietas estéricas
Fodam-se as vaidades extremadas
Fodam-se os príncipes encantados
Fodam-se os sapos disfarçados
Fodam-se as normas cultas......
quero respirar!

Flor



Houve um tempo em que os homens
Em suas tribos eram iguais
Veio a fome e então a guerra
Pra alimentá-los como animais
Não houve tempo em que o homem
Por sobre a Terra viveu em paz
Desde sempre tudo é motivo
Pra jorrar sangue cada vez mais
.O homem é o lobo do homem,
o loboO homem é o lobo do homem,
o loboSempre em busca do próprio gozo
E todo zelo ficou pra trás
Nunca cede e nem esquece
O que aprendeu com seus ancestrais
Não perdoa e nem releva
Nunca vê que já é demais.
O homem é o lobo do homem,
o loboO homem é o lobo do homem,
o lobo

Diga!Quem você é?
Me diga!Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida...Tira!A Máscara
Que cobre o seu rosto
Se mostreE eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiroJeito de ser...
Ninguém merece
Ser só mais um bonitinho
Nem transparecer
Consciente, inconseqüente
Se preocupar em ser
Adulto ou criança
O importante é ser você...
Mesmo que seja estranho
Seja você!
Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!
Mesmo que seja estranho
Seja você!Mesmo que seja...
Tira!A Máscara
Que cobre o seu rosto
Se mostreE eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro
Jeito de ser...
Ninguém merece
Ser só mais um bonitinho
Nem transparece
rConsciente, inconseqüente
Sem se preocupar em serAdulto ou criança
O importante é ser você...
Mesmo que seja estranhoS
eja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!
Mesmo que seja estranho
Seja você!Mesmo que seja...
Meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igua
lAo meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual
Não é igual...
I had enough of itBut l don't careI had enough
of itBut l don't careI had enough of itBut l don't careI had enough of itBut l don't care...
Diga!Quem você é?Me diga!
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida...
E o importante é ser você
Mesmo que seja estranho
Seja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!...
Mesmo que seja estranho
Seja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!
Mesmo que seja estranhoSeja você!Mesmo que seja bizarroBizarro! Bizarro!Mesmo que seja estranhoSeja você!



Nenhuma verdade me machuca
Nenhum motivo me corrói
Até se eu ficar
Só na vontade
Já não dói
Nenhuma doutrina me convence
Nenhuma resposta me satisfaz
Nem mesmo o tédio
Me surpreende mais
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo
Nenhum sofrimento me comove
Nenhum programa me distrai
Eu ouvi promessas
E isso não me atrai
E não há razão que me governe
Nenhuma lei prá me guiar
Eu tô exatamente
Aonde eu queria estar
Mas eu sinto
Que eu tô viva
A cada banho de chuva
Que chega molhando meu corpo
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas, já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Já faz algum tempo
Faz algum tempo...
A minha alma
Nem me lembro mais
Em que esquina se perdeu
Ou em que mundo se enfiou
Mas eu não tenho pressa
ja não tenho pressa
Eu não tenho pressa
Não tenho pressa


As Vezes
Pitty
Composição: Inkoma

As vezes o tempo passa mais rapido
As vezes o tempo demora para passar
As vezes eu me sinto bem
As vezes me sinto mal
Mas tudo passa com o tempo...
As vezes a vida passa mais rapido
As vezes a vida passa mais de vagar
Vou aproveitar a vida
Antes que ela me aproveite
As vezes as pessoas te magoam
As vezes as pessoas te fazem feliz
Não quero saber
Das opiniões dos outros
Deixe que eu descubro sozinha
As vezes eu quero voltar no tempo
Mas não da
As vezes eu quero saber o futuro
Mas é impossivel
Vou viver o presente


Semana Que Vem
Pitty

Composição: Pitty

Amanhã eu vou revelar
Depois eu penso em aprender
Daqui a uns dias eu vou dizer
O que me faz querer gritar
Aaaahhhhhh!
No mês que vem
Tudo vai melhorar
Só mais alguns anos
E o mundo vai mudar
Ainda temos tempo
Até tudo explodir
Quem sabe quanto vai durar
Aaaahhhhh!
Não deixe nada prá depois
Não deixe o tempo passar
Não deixe nada
Prá semana que vem
Porque semana que vem
Pode nem chegar
Prá depois
O tempo passar
Não deixe nada
Prá semana que vem
Porque semana que vem
Pode nem chegar...
A partir de amanhã
Eu vou discutir
Da próxima vez
Eu vou questionar
Na segunda eu começo a agir
Só mais duas horas
Prá eu decidir..
.Não deixe nada prá depois
Não deixe o tempo passar
Não deixe nada
Prá semana que vem
Porque semana que vem
Pode nem chegar
Prá depois
O tempo passar
Não deixe nada
Prá semana que vem
Porque semana que vem
Pode nem chegar
Ah! Ah! Ah! Ah!
Esse pode ser o último dia
De nossas vidas
Última chance de fazer
Tudo ter valido a pena
Ah! Ah! Ah!
Diga sempre tudo
O que precisa dizer
Arrisque mais
Prá não se arrepender
Nós não temos
Todo tempo do mundo
E esse mundoJá faz muito tempo..
.O futuro, o presente
E o presente já passou
O futuro, o presente
O presente já passou...
Não deixe nada prá depois
Não deixe o tempo passar
Não deixe nada
Prá semana que vem
Porque semana que vem
Pode nem chegar
Prá depois
O tempo passar
Não deixe nada
Prá semana que vem
Porque semana que vem
Pode nem chegar.
..Prá depois o tempo passar
Nada prá semana que vem
Porque semana que vemPode nem chegar...(2x)


Eu, você, nós dois
Aqui nesse terraço a beira mar
O sol já vai caindo, e o seu olhar
Parece acompanhar a cor do mar
Você tem que ir embora a tarde cai
Em cores se desfaz, escureceu
O sol caiu no mar
E aquela luz, lá embaixo se acendeu, você e eu
Eu, você, nós dois
Sozinhos nesse bar a meia luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que esse bar, já vai fechar
E há sempre uma canção pára contar
Aquela velha historia, de um desejo
Que todas as canções tem para contar
E veio aquele beijo, aquele beijo

eu,e a maçã


Sou maçã ingênua
cortes rasantes de qualquer profudeza
larvas...lavo meu corpo coberto de sal
sementes indefesas roubaram-me a casca
sou maçã ingênua
que peito corrói quando vens me buscar
parto em vermelho
não sabes me amar
pedaços ligeiros adoçam tua boca
sucos constrangidos pertubam-te em mar
sou maçã ingênua
nua de pretensões
faca de prisões
íntimas
ímãs
maçãs
Borbuleta de açucares distintos
que atravessa avessa a quelquer tipo de liberdade!
meu sexo é breu
meu sexo é breu
partam o vôo das frutas
é hora de comer as verdades.
dói-me o ventre
a maçã é o caos da humanindade.

Flor
“Alguém como o leitor que se encontra perpassado por uma vivência mundializada..Malboro,euro disney,fast-food,Hollywood,chocolates,aviões,computadores são os traços evidentes de sua presença envolvente.Eles invadem nossas vidas,nos constragem,ou nos libertam,e fazem parte da mobília do noss dia-a-dia.O planeta,que no ínicio se anunciava tão longínquo, se encarna assim em nossa existência,modificando nossos hábitos,nossos comportamentos e nossos valores.Somos cidadãos mundiais mesmo quando não nos deslocamos fisicamente..."

oRTIZ



"Afasto dos jovens a sabedoria importuna e assim espalho sobre eles o feitiço sedutos dos prazeres.E, para que não imagineis que vos narro um conto de fadas,considerai os homens desde que atingiram seu pleno crescimento e que as experiências e as lições começaram a torná-los sensatos;imediatamente a beleza começa a desvanacer,a alegria se extimgue,as forças diminuem,as graças desaparaecem;á medida que se afastam de mim,a vida os abandona cada vez mais,até chegarem a essa velhice tristonha que é um peso para ela mesma e para os outros. "

ERASMO



”Não basta ensinar ao homem uma especialidade.Porque se tornará assim uma máquina utilizável,mas não uma personalidade.é necessário que adquira um sentimento,um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,daquilo que é belo,do que é moralmente correto.A não ser assim ele se assemelhará,com seus conhecimetos profissionais,mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida.Deve aprender a compreender as motivações dos homens,suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e á comunidade.”

Einstein


“Por mais alto que subamos e mais baixo que desçamos,nunca saímos de nossas sensações.Nunca desenbarcamos de nós.Nunca chegamos a outrem,senão outrando-nos pela imaginação sensível de nós mesmos.As verdadeiras paisagens são as que nós mesmos criamos...Quanto mais contemplo o espetáculo do mundo,e o fluxo e refluxo da mutação das coisas,mais profundamenteMe compenetro da ficção ingênita de tudo,do prestígio falso da pompa de todas as realidades.

pESSOA


---A cegueira falso moralista da publicidade sutil gera uma manipulação exarcerbada---

O poder que as sutis tentações nos incitam constatam também o desespero latente entre o anúncio do sonho.A utopia ali tão próxima e a realidade prostituída,destituída de consciência.Brutalidades que auto denunciam o enterro da ética,da moral e da civilidade;que ecoam uma sonoridade absolutamente envolvente,comovendo as frustrações entranhadas ao concreto e instigando sensações ilusórias de uma suposta felicidadE.

Talvez essa idéia de “globalização” de certa forma banalizada,dê vazão ASropostas vazias de anúncios muitas vezes apelativos ou sem foco algum.Mal direcionando a verdadeira proposta da propaganda que antes de iludir,persuade tocando seu público alvo com o que tem de mais valioso


O que esses textos publicitários realmente nos dizem?que larguemos então nossa vidinha medíocre e adentremos no garantido sucesso imerso nos canais de propagandas?Os mundos coloridamente perfeitos dos carros ás mulheres provando então a suposta comercialização dos sentimenos.


Temos o sonho na nossa frente(“te vê”) independente de níveis sociais,em todas as casas existe um controle remoto que descontroladamente remove o que as pessoas ainda têm de puro e simples,pequenas coisas que são desvalorizadas em detrimento de “grandes” ganhos materiais como promessa de eterna de satisfação pessoal.


Mesmo sabendo que para cada pessoa os conceitos se distiguem entre si,não podemos fugir do sentido coletivo de tudo,a pluralidade cultural deve ser um trampolim diante dos imediatismos comerciais,puramente econômicos.Essa auto consciência do sistema unificado deve transgredir as ordens de forma sadia,buscando salientar os âmbitos positivos da mundialização do mercado.


Contudo, a cegueira desefreada dos anúncios que subliminarmente ou escancaradamente ferem a moral e a ética de um bom trabalho, tomam uma posição de baixo escalão,de mau gosto e falta de criatividade.Podemos sim,atualmente estabelercemos uma conduta verdadeira diante de nossos anunciantes, produtos e públicos alvos.Nem tudo a globalização pode justificar,mas sim a conseqüente alienação generalizada que a mesma acarreta.Mas toda essa conecção depende único e exclusivmente de uma clara e limpa comunicação.Os ruídos muitas vezes são perversos


ADELIA COELHO



indaga-me, se quer, com teus olhos noturnos,porém em teu nome deixa-me navegar e dormir.


Amor, quantos caminhos há até chegar a um beijo,que solidão errante há em tua companhia!

Porém tu e eu, amor meu, estamos juntos,juntos desde a roupa as raízes,juntos com outono, da água, dos quadris,até ser só tu, só eu juntos.

por quais caminhos e como te dirige a minha alma?Por que precipitaste teu fogo doloroso,de súbito, entre as folhas frias do meu caminho?Quem te ensinou os passos que até mim te levaram?Que flor, que pedra, que humo mostraram minha morada?

Vivi em minha ausência como em uma casa.É uma casa tão grande a ausência que passará por ela através dos muros.

NERUDA



« Venhas comigo» disse — sem que nada superade onde e como ardia meu estado doloroso,e para mim não havia chave nem barcarola,nada senão uma ferida pelo amor aberta.Repeti: vem comigo, como se eu morresse,e nada veio em minha boca com lua que sangrava,nada viu aquele sangue que subia ao silêncio.Oh amor agora ouviremos a estrela com espinhos!Por isso quando escutei que tua voz repetia”Venhas comigo” — fui como se desprendiador, amor, a fúria do vinho envelhecido.que desde sua bodega submergida subirae outra vez em minha boca senti um sabor de chama,de sangue e de chaves, de pedra e queimadura.

Talvez tu não o sabias, araucana,que quando antes do amar-te me esqueci de teus beijosmeu coração ficou recordando tua bocae fui como um ferido pelas ruasaté que compreendi que havia encontrado,amor, meu território de beijos e vulcões.

por quais caminhos e como te dirige a minha alma?Por que precipitaste teu fogo doloroso,de súbito, entre as folhas frias do meu caminho?Quem te ensinou os passos que até mim te levaram?Que flor, que pedra, que humo mostraram minha morada?


quantas! a recifense roxa, cor de anil, a jardineira e seus cantinhos, a fotógrafa a suspirar, a perambuladora com sonho de emancipação, a com sonho de estar e viver, a curiosa sobre minha arte suposta,.. . e tem bem mais que isso.. .

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh



cabeça cheia..como num quadro de recortes coisas demais para fazer...
e um sono doentio vai me tomando hora dos 'diabinhos"que se proliferam no óciogradante..apareceremm quebrem a tv..está tudo azul.. o dvd não pega..
o pc pifou calor dos infernos!!!! toca o telefona..
pode ter certeza é problema!
familia ausente e acomodada já copnheço bem os velhos dramas
deveriam todos fazer teatro!
são trocas absurdas de textos estupendos!
maravilha..minhas idéias estão na gaveta!
mas a pia está cheia de pratos.. l
avei agorinha e o desmantelo já chegou!
há um vaazamento que não cessa!
coitado do cachorro..nunca vi tão compreensssivo!
TALVEZ POR SER ANIMAL TENHA ESSA BOA ESSENCIA! FILMES TÃO DENSOS..
vida tão complexa... fico fazendo video para ver minha imagem ainda não acho nada dela...
é que nem a cara do medo sem identidade!
em branco feriadão bem reflexivo..
mas construtiv embora eu tenha q estudar p mil provas e não tenha tocado num livro;.. descuklpas justificativas,,acomodações..preguiças e substituições por coisas mais interessantes como fazer criticas de filmes...
fazer resumos..me questionar..esquecer por segundos minha estória e mergulhar na do outro para mais uma vez me encontrar lá novamente inevitável..
observar pé preciso sempre sempre!
hj foi legal apesar das constatações que nunca quiz absorver familia é quem ta perto compartilhando dor e amor.. quem tá longe querendo ta perto nas festas é amigo de teatro!

Flor



Silenciosamente radiante,
latente, pulsante,
mas sempre discretamente,
como os recados que a Natureza toda hora manda
(as flores)mas nem sempre a gente sabe colher.
"Queria ter coragem de saber,O que me prende? O que me paralisa?Serão dois olhos negros como os teus,Que me farão cruzar a divisa?É como se eu fosse pro Vietnã,Lutar por algo que não será meu.A curiosidade de saber quem é você Dois olhos negros... "


“E se não houvesse amanhã”?
Gosto de imaginar que, se esse fosse o caso, dançaria sem passos por algumas horas. Cantaria, em alto e bom tom, músicas que nunca ouço, e calaria no tocar das que sempre me tocaram. Se não houvesse amanhã, choraria. Sorriria ao ver uma criança ou idoso, um jovem, ou uma sombra qualquer. Correria na chuva e deitaria na grama assistindo as pessoas passarem, assistindo as nuvens passarem. Se não houvesse amanhã, gritaria até sentir meus pulmões desfalecerem, sem me importar com o que pensam os outros.
Beijaria. Sim, beijaria todos de formas distintas, embora com a mesma sutileza de quem beija pela primeira e última vez. Amaria cada um dizendo coisas belas e sujas. Beberia vinho de estômago vazio. E, com feroz embriaguez, fugiria do que posso resolver e enfrentaria o que não posso, mandando todos ao inferno. Se não houvesse amanhã, mergulharia em silêncios a mim, e explodiria palavras e emoções aos outros.
Agiria em tudo por impulso porque pensar antes de agir é pra quem tem tempo, e tempo seria um luxo do qual não usufruiria.Se não houvesse amanhã, provaria o máximo de sabores e sensações que me viesse em mente, exploraria os sentidos e esqueceria decisões. Não pensaria no "não feito", talvez sequer pensasse no que fiz de certo ou errado. O que fiz? O que, afinal de contas, me definiria como aquela que viveu verdadeiramente, ou a que sobreviveu apenas ao que foi obrigada por ter se visto sem escolhas, sem direção? O fato é que, se não houvesse amanhã, eu viveria.
Mas o amanhã não existe. E continuo aqui, estagnada. Como se a vida não valesse o esforço de fechar os dedos pra não deixá-la escapar. Como se a morte me fosse mais convidativa. E acho graça. Talvez esse fato de zombar da morte seja devido às gozações que a vida me faz. Sorrir diante da dor me faz esquecê-la, como se apenas o ato importasse, não a causa. Assim, as dores se confundem com alegrias. Não tenho medo da morte. Ela é só mais um lado de mim, um lado de tudo.
O que temo é a vida, a parte viva que ainda me resta ou que gosto de acreditar que me resta. Temo o que é vivo por ser algo a mais a perder, algo a mais a me ser arrancado. E não sei ao certo se poderia suportar mais uma perda. É essa vida que me amedronta, e é essa morte que me conforta. Distraio-me ante sátiras sobre minhas perdas e ganhos, ante a busca de significados no final das contas. Teriam algum significado? Na morte, teriam? Na morte, teria eu algum significado qualquer, um sequer? Creio que não. Mas espero que o chão ao menos consiga me ser confortável.
Engraçado como agora, pensando sobre meus temores, não rio. Só agora. Estou fria, sem saber o que me diferenciaria de uma pessoa morta ou viva. Meus movimentos mal me obedecem, embora meu rosto continue sem expressão como sempre. Imagino-me neste instante adormecendo. Conseguiria um dia despertar-me outra vez? Que coisas, que pessoas motivariam alguém insípido como eu a levantar-se da cama e enfrentar mais um dia de sobrevida? Pelo quê estou a esperar? Pela vida? Pela morte? Por algo que me mostre a qual delas eu pertenço afinal? Seria eu capaz de arrastar dias dormentes por mais tempo? Por quanto tempo? Quantas perguntas...
Quando tudo o que queria era me desfazer delas. Talvez dormir seja a resposta ao menos para minha falta de respostas. Quem sabe amanhã... Quem sabe... Nunca.




"A ferida aberta no imundo não faz tanta diferença. O plano perfeito consiste em matar a inocência para servir de exemplo. E penso que me falta pouco para servir de algo, enfim."


Mentiras

Ausência precoce dos teus lábios mentirosos
cansaço de douradas ventanias
não te chamei aqui
portanto se veio saber do vento
errou o caminho
és estático.
não podes viajar comigo!
volte para a ilha que te concebeu!
e manipule as tuas deusas
as dos adeuses..
.menino idiotaque habita sem voar!

adélia coelho 2007


ANCESTRAIS

Eu vivo sem teu corpo
posso muito bem andar
sem os trilhos dos teus dedos
posso muito bem cantar
sem o timbre dos teus afagos
Eu vivo sem teu peso
você me puxa os cabelos amorais
vou-me agarrando um por um,,todos os teus falsos "ais"
eu bem vivo sem o teu gosto
sobreviverei ao jejum das almas
não suporto mais a sujeira do simples gôzo
isso..fica para os ancestrais...

adélia coelho 2007


MENINA, MARIA, FLOR

VAI DORMIR MENINA,
TEU FILHO QUER NASCER ANTES DO DIA
BEM MAL CONCEBESTE O ATO
REZA O PADRE NOSSO
COITADA,AVE MARIA!
VELA OS ESCUROS DO MUNDO
COLHE OS SEIOS DO ABSURDO
HOJE,VAI DORMIR TEUS SORRISOS
QUE A NOITE NÃO MAIS TE ASSOVIA...
PEDE QUE A LÂMPADA ACENDA
QUE TEU VIOLÃO TOQUE UM DIA
VAI DORMIR FLOR MARIA
DEIXA A POESIA DOS OUTROS EM PAZ
DEIXA PARA TRAZ A TUA VENTANIA
TEUS CABELOS NEM MÚSICA TECEM MAIS
ACABOU O PARTO...
TEU FILHO SOUBE DISSOLVER TODOS OS FARDOS
VER TODAS AS LÁGRIMAS
BANHASSE BENTO RIO DE CELEBRAÇÃO ALEGRIA!
TUA ORAÇÃO É O DIA!VAI DORMIR MARIA...
O SOL NÃO QUER SABER DA TUA PELE BRANCA
ELE ENTRA ASSUSTA E INEBRIA!

ADÉLIA COELHO

A NOITE VEM CAINDO...
EM CHUVAS RALAS E ALICERCES FRACOS
PROVAS CONCRETAS PELA MANHÃ
E NÃO ME PREPAREI
NUNCA ME PREPARO..
NUNCA...
vem a rede com ilusões a todo custo
me enbriago...




moço...o que pensas de mim?
porque me falas tão poético?
porque me calas
que vício patético
faz isso com todas?
não quero mais saber estou magoada
o silêncio é turvo
é água passada...


aDÉLIA


"Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito.
Exijo respeito, não sou mais um sonhador.
Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor,
e dou risada do grande amor. Mentira."


Mentira que me envolve num manto adolescente de idiossincrasias....
mentira que galopa nos cerrados antigos
floresta de peito esquecido
monstro que mora na nuvem ...

É como se todos fugissem da chuva


É COMO SE TODOS FUGISSEM DA CHUVA

e correr sempre adiantasse,água perversa que vem, atravessa,atravessa as origens de tudo,as regras que ditaram nosso inverso,esse amor pertubado que "larva"toda consciência ,trazendo á tona desejos reprimidos.Saio desnaturada, tremendo em pecados próximos, temendo juízos próximos ,tomando os goles dos
próximos.Saio como que dançando pudesse voar,voar para quem sou!voar para quem sou!

É como se todos fugissem da chuva!quero chegar em casa e deságuaremocionalmente sadia na teoria de tudo,claramente amparada nas muletas do insistente ócio,da acomodação do colo materno.Protege-me ó mãe!!!protege-me de tudo.,,me defende dos males dos outrosde todas as tempestades,talvez minutos atrás eu não tivesse fugido da torrente de lágrimas doces,que desciam do céu ,poderia ter bebido as palavras que a chuva dedicou a meu tempopoderia ter sentido o toque dos deuses através do suor universal.

É como se todos fugissem da chuva,e em amores fulgazes fujo de meus amores póstumos,em bocas cegas dedilho meu passado choviscado de luas.Correr da chuva, correr da chuva.....cada um corre como pode..cada um corre como quernão posso confessar meus sentidos todos para você..mesmo assim o faço.Porque minha integridade se sobrepôe á minha astúcia.não ouso desafiar quem me rendeu ,não ouso pertubar se não me provocarese projeto meus devaneios...meus desejos impossíveis em tua face morena.Projeto os delírios do amor sucumbido em chuvas no teu declíneo absurdo.talvez o beijo devesse morrer antes da dor,talvez fazer amor devesse ser apenas canção.Canção que nina e não absorve, canção que incita e não removecada um canta como pode, cada um canta como apreendeu.

Protege-me ó mãe de tudo que me for permitido!porque minha liberdade é escrava!minha liberdade é escrava do desvario humano!a libertinagem do fracosa libertinagem dos oprimidos pelo amor!pelo amor de deusssssss!!!!!Na modernidade me rufugio..nela posso adentrar em folhas e coressurreal justificativa que tudo pode e tudo pertence á arte conceitual.Vamos devorar a incongruência dos passados alheios devorar a incoerênciadas poças de qualquer chuva.

Essa canção não tem dono ,essa canção não nina mais o mundoa chuva passou...a chuva passou...a chuva nunca sequer existiu.Porque a chuva "larvou" dentro de mim,implodiu os fósseis que codificavam minha única dor.peço aqueles que traduzem minha rupestre figura que aqui concedam a identidade de meus ossos.Ontem te entreguei todos os versos...todos os meus dias,a poeira, as ostras, as ventaniasontem dediquei meu sorriso e meus leques,e hoje saio por aí através da melodia querendo canção,querendo canção,e as pessoas me tocam e me deixam...me tocam e me deixam...as pessoas merecem só chuva!toda natureza tem medo do humano(E O HUMANO DA NATUREZA HUMANA).

A nuvem passa...foge...as estrelas; cadências do infinito correm anos luz,o sol estático ,queima para não ter que pertencer a alguém,a lua entorpece para distrair os amantes;e tudo..corre....e todos corremo tempo todo....é assim que acontece aqui...A lei regida pelas armas de uma indignidade pelas armas de uma imaturidade não quero crescer!!não queremos crescer!brinque então com minhas dores...te dou as carícias solicitadas em troca dos algodões de todas as fadas!procuro quem sou no outro ;que olhar vai ousar refletir-me?quando vou realmente saborear outro rio,que não seja só chuva?predestinada agonia em flores,obstinada perseguição de amoresisso se chama desestruração emocional!vá se tratar você precisa de um psicólogoo que o psicólogo vai dizer-me?minhas respostas então vão traduzir meu diagnóstico...e quando terei alta?auando serei liberta?não não não!!!!!chega de liberdade em minha vida!não sei falar com a liberdadetodos os outros buscam minha filosofia como religião que poda, e analisa a estrutura do coração,preciso das prisões ! essas sim...essas nos dizem o que fazer!as prisões nos respiram alto,nos instigam a alma....o vôo me sufoca,o vôo me paralisa!porque eu não sei o que fazer das asas quando sinto o perfume do céunão sei o que fazer da dança quando não ouço mais os pássaros ensinando o caminho.

ADÉLIA COELHO A FLOR ABRIL DE 2008

quinta-feira, 27 de março de 2008

CARTAS A UM JOVEM COVARDE 2




Novamente tua visita desconserta minha manhã..
atônita te vejo,em tua insanidade sarcástica
tua ironia própria, contestando o céu
poderoso em suas vontades alucinadas
drogado e prostituído de desejos profanosa
teu..apolítico..amoral...atemporal você é um louco confesso
vêns e voltas como ondas disnorteadas sem sal
alimenta-te de agonias latentes
agonias presentes..agonias anônimas
a tua loucura é tuatoma-a!
não podes bater na porta da liberdade
querendo apenas brincar com as cores
não podes ousar tocar o tom dos desertos
se não queres verdadeiramente matar a sede das flores
não tens esse poder,esse direito,essa chance
abro minha porta,porquê chove forte lá fora
e dentro de você a tempestade me clama
numa fúria lenta de saudades
numa corrente elétrica de pequenas lembranças
e você me fala do assúcar....
e você me fala do primeiro beijo
e da paixão confessada no primeiro instante
e você me fala...você é um louco confesso a loucura é tua.
Toma-a!ERGUE-A!bebe tua inquietude em goles de consciência
não podes retroceder as origens de todas as atitudes
não podes compreeender a dor da indiferença não contestada
vêns e voltas como bondes esfomeados de verdades
nos trilhos irritantes da vaidade
teu agocentrismo dita as regras de tua saudável conduta
ah preferes deixar para amanhã
ou quem sabe se matar não resolveria?
e sempre sempre..nosso amor pode esperar
nosso amor sobrevive a tudo...
acorda de teus devaneios absurdos!!!
amar não pode ser abdicar da felicidade
em prol da própria dor insana
amar não pode ser cultuar uma angústia calorosa
para preencher o vazio dos rios que não comtemplamos mais
amar não pode definitivamente ser a espera das madrugadas bêbadas e febris
onde forramos os algodões de todas as frustrações divinas
mesmo não acreditando que a liberdade é uma questão de fé
você é um louco confesso
grite essa loucura para dentro!para dentro !!!!!!
ainda há tempo de salvar o que vi de puroo que me conquistou em olhares transparentes
a tua loucura é a tua bondade
lapidas as curvas excêntricas
caminha na travessia de tua existência
faminto de tu mesmo
faminto de tu mesmo
teu amor não se chama "Adélia"
o amor que te condensa é teu ser
no desespero de um socorro constante
ansiando a fúria de uma felicidade esperada
na expectativa dos amores abstratos
o nosso amor foi mesmo concreto?
porque vens e voltas como o mar?
se um dia senti-me em teu coração ancorada?
se um dia senti que naufragasse em meu peito?
como menino sombrio que necessita de terrapara plantar as novas canções...
COMO MENINO QUE NUVEM
VEM E PASSA
VOLTA E CHOVE
VIRA ARCO-ÍRIS E DISFARÇA
MENINO NUVEM QUE FAZ CHORAR
QUE IMPLODE A BOLA DE NEVE DA VIDA
QUE DESPERTA NA FLOR ERRANTE
O ACALANTO DE UMA SUPOSTA MÃE NATUREZA
SEMPRE PREOCUPADA,SEMPRE CONECTADA
MENINO NUVEM
DO VERBO ADORAR
"EU VENHO AQUI PORQUE EU TE ADORO"
tens em mim sempre uma pessoa que quersó te ver bem...
feliz...realizado...faça chuva ou faça sol você precisa fazer algo por você!
por nós você nunca teve coragem de fazer!
não posso nem devo te cobrar mais nada...
as histórias acabam...os amores..?
bom..os amores eu não sei ao certo...
talvez eu tenha desistido te tentar contestarou definir em poesias..
simples palavras o que danado é amar...
o que diabos é amor!
mais não desistir de amar e ser amada!
não desisto de ser feliz!
em quase dois anos quiz isso todos os dias da minha vida com você!
estive todo o tempo aqui..e você não reparou!
quando você vai reparar???quando for tarde,tarde demais....
engraçado você agir assim,porque você sempre fugiu tanto aos clichês..
e está optando pelo maior de todos dar valor quando se perde alguém!
é, eu não sou um bambolê que podes visitar depois da meia noite
e no outro dia quando eu ligo dizer:
-não crie expectativas foi só aquele momento.quem você pensa que é?
brinque com todas as outras que você ainda vai possuir na sua vida!!
MAIS COMIGO VOCÊ NÃO PODE BRINCAR!PORQUE VOCÊ DISSE QUE ME AMAVA!
QUEM AMA NÃO BRINCA ASSIM!
IÔ IÔ..PEGA PEGA..PIQUE ESCONDE!
EU SOU HUMANA!!!!!!!!!OK?
NÃO me lembro de muita coisa de nossa última conversa
estava muito bêbada,mas em suma lembro do essencial
não podemos achar que nossa história merece esse desvario!
não admito mais brincadeiras com o que tenho de mais puro!
se não me queres,me respeita,pedir para me ter por instantes
é pedir pra eu prostituir meus sentimentos por você.
.isso é egoísta,é injusto,é insano!
é..realmente não posso esperar por você!
porque nem mesmo você sabe de seu tempo!
onde se localiza nesse exato momento....
quando você volta..todas as boas lembranças vêm a tona também
como numa novela,ou uma densa minissérie....
ressurgindo aquelas sensações de que estaráriamos juntospor muito tempo.....
como dediquei poesias,crônicas,dias,chôros,pensamentos
mas não me arrependo de nada,nem há espaço para ódio em meu peito.
mais uma vez digo,você é uma pessoa linda,boa,pura,bom caráter!
e te amo por isso..e também te amo porque és injusto,egoísta,metido,sarcástico.....
.porque não há 2 ...simplesmente..porque tu és único e inteiro
como eu..como todos...em nossas particularidas e excessos...
o porquê de estar escrevendo?estava sem conseguir dormir..
depois de assistir " queridos amigos"e pensar:
deve ta vendo também...ME EMOCIONO demais....é tão linda...
pede tanto para aproveitarmos esse segundo,esse trago de vida que temos nas mãos...
não entendo porquê adias o que sentes por mim...
ou buscas as definições certas dos timbres de teu coração
achando que um dia poderás viver nossa história.
Mas chega,não tentarei mais entender..isso está me fazendo mal....
quantas noites acordadas tentando compreender
,quantos bares até amanhecer bebendo nossas fagulhas do tempo
quantas bocas vazias suguei tentando perceber tua essência perdida no ar
não optei por me separar de você sozinha,
dei chances de volta..quiz muito isso!
você nunca se resolveu....
talvez nunca se resolva!mas não é mais da minha conta!
não deve mais ser da minha conta!
por mais dor que eu sinta..ela um dia finda...
todas as dores findam...
nossas conversas são fortes mais sempre profundas,inteiras e verdadeiras
bêbados ou não..drogados ou não,existe uma cumplicidade,um carinho absoluto
um entendimento de almas..na pertubação de nosso coração afoito...
acho que já estou me demorando.....queria te mandar todos os poemas que te fiz..
mas são muitos...quem sabe um dia..no meu livro você mesmo não os leia....
alguns trechos das últimas....aí me pergunto...
vou parar de escrever para você?
enquanto meu coração pedi para sê por você..
serei com toda minha dignidade
mesmo sem você ao meu lado.

te cuida.te amo.

Adélia

terça-feira, 25 de março de 2008

É esse meu mundo..n]ao tem mistério...mas ele provoca..ele indaga...ele conflitua..porque ele quer crescer..ele quer somar..quer compartilhar...beba comigo da arte..toda ela..a universal..a pessoal...a paradoxalsegura tua luz com a poesia..segura o sol e te joga como bola de fogo pronta para amar... penso no meu vestido preto...penso no azul dos teu vôos..quero redescobri nosso ventoE nesse papel permito meu espelho..cuspo,escarro,jogo e anseio..que do branco projete-se minha alma...

atemporal desmedida...meu caos é antigo...vivo no tempo de outros..meu tempo é ser hoje bebo a incongruência os teus atos insanos..como louca..que esquece que amou..sempre..em vão...em vãos livres...um brinde a loucura sã..a bebedeira do ócio sagrado...

colores..muchas colores...pero nadie..nadie...solemente yo..e la naturaleza ...a hacer colorestodos os campos..as ordens..as regras..os rituais.tudo desmistificado atraves de um único sorriso...o que não hesita..teme..mas desconcertaesse vento que me beija..faz amor comigo entre nuvens palpitantes..esse vento másculo...azul destemido de deuses fulgazes..ahh o vento...orgasmos de brisasolhar para minha arte...pálido desejo presente..constante..inevitável..não posso negar minha alma..a arte é tudo que em esencia me move..me dá músculos me projeta...sem arte..mecanizo toda expressãocomposições extremadas..vejo luas em todos os focos de luz...vejo sangue ans pinturas...vejo pedras nos terraços..descalço as janelas...faço pintura dos teus gritos..quero o que me dá alimento infindo...finito é o tempo..eu sou todo o agora..longo suave...persuadindo..persuadindovês..tu podes vês..sê teu limite..sê tua natureza..sê!!!admite!!se demite!ame o medo,,,seus lobos estão passeando no teu bosque..não alimente o bicho e sim o estímulo de seu proprio trampolim..é hora de atualizar..de atuar...de concretizar,,vamos;;"vem vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera acontecer.."
adélia Flor




Teu umbigo aceso de escuridão quer sobresair-se a natureza
não sei mas para quem escrevo
coração embolado tem destinatário?
feriado de frívolas sensações
ansiava apenas pela poesia em olhar
é sempre pedir tanto
meu umbigo pagão de luzes quer dominar a incerteza
não sei mais se amo
coração estraçalhado tem razão?
esfriar as ânsias em doces môrnos
resfriar as dores em abraços fulgazes
esses olhares fujões desertam minha verdade
preciso das pontes,das luzes,dos rios
e do meu reflexo em outrem
umbigos que se encontram dilatando a unidade
agora unilateral vontade
nesta noite,onde mundos diferentes me povoam
não sinto nada,a não ser o peso,
a quintura e o desvario
de meu pobre umbigo sombrio...


Adélia Flor

SOU UM CASO


EU SOU UM CASO
ACIDENTE/ENTE DO ACASO
PROSTITUO TODOS OS DIAS OS MEUS AÇOS
FALSOS AIS/FORJO OS LAÇOS
INEXISTENTES
EU SOU TEU CASO
EMBEBEDA-MES DO MEU LEITE
EM MEUS SEIOS TOCAS A FLAUTA DO MUNDO
E NÃO OUÇO A MELODIA DOS DEUSES
OS SINOS DOS ANJOS QUE TODOS ADIVINHAM
----EU SOU UM CASO-----
NA SUPERFICIALIDADE DOS CARINHOS
GUARDO CHUVA E CARACOL
VESTIDOS TÃO RASGADOS
TÃO VELHOS,BUSCANDO UM MODERNO VERMELHO
ULTRA PASSADO...
-------EU SOU UM CASO------
ACIDENTE ENTE DO ACASO
ME TENS QUANDO QUERES
ESCREVE-ME EM POROS
SOU PAPEL EM TUA ESCRIVANINHA
E NIGUÉM QUE ME BEIJO LÊ
DEIXA-SE PERCORRER POR MINHA AREIA
E NIGUÉM QUE MEU UNIVERSO DEVORA
OUSA SURPREENDER OS PÊLOS DE TODOS OS POUSOS
NASCI EM ACIDENTE
ESTOU CIENTE
SEI QUE É SONHO...
NÃO ME CASO.
SOU MERO ACASO...
ADÉLIA COELHO 2008





Não somos

não éramos

não seremos

porque o tempo também acalenta o peito

agora lhe digo de morte-vida em leito:

escolho o feito.

Segues

Ergues

Ser é não ousar

pertencer a outrem.

Adélia Coelho 200





Enterro

Se digo que te amo
não é porque ainda te queira
é porque sempre vou reparar
o que há de melhor em ti
na tua porta trancada entre frestas grosseiras
no saracsmo e na ironia
observava a beleza de teu vazio.

Adélia Coelho Março de 2008

CARTAS A UM JOVEM COVARDE





Meu homemenino

Em 2006 nos encontramos
virtual desejo,assuntos que não mais cabiam em telefonemas
marcamos nosso primeiro lugar
o "assúcar"de paisagem doce em nosso olhar
a timidez ditou os beijose logo,vi-me perdida em tuas mãos
Burburinhos de loucuras
carícias que não enxergavam mais tempo,ordem ou espaço
o momento era só nosso-inteiro-
as luzes tocavam e os sinos brilhavam para nós,
para dentro de nós logo conviver aponta diferenças,
e estas pedem conseções que pedem diálogo,adptações,tanto de um como de outro
na vida de ambos.cobranças indevidas,acomodações,medo da mudança,
tempos diferentes,bem querer tomando conta...
poesias invadindo..vieram lágrimas..
meu homem chorou no meu colo como um menino
que precisava desaguar em meu peito
provoquei tanto o homem nesse menino
tentei amá-lo e fazê-lo amar-me com todas as minhas forças
usando até de sarcasmo e crueldade
queria não perder o tempo do nosso amor
sentia tanto amor que dóia
procurava as atitudes esperadas
tinha silêncio e espada.
chamava-o para a vida
mas ele afirmava que minha realidade era um conto de fadas
erramos.pronto.passou.Passou?
dois anos depois..ainda lembro ainda falo,ainda dói,ainda busco,
ainda poetizo,ainda espero
será,homemenino que estamos mesmo destinados?
o teu precisar é amor?o teu socorro é amor?a tua fuga é amor?eu te amo(o teu: "tb" é amor?)
não posso arrumar tua bagunça
e como você mesmo disse me apropiar de seus sentimentos
gostaria tanto mas tanto lhe ajudar
estar perto e te amar
mas a tua esperança covarde me corrói faz tempo
quanto tempo a mais vai me fazer esperar:?
o amor também por si só se destrói,
acaba ele quer alimento,quer coragem pede para arriscarmo-nos
qual será o tempo do nosso amor?
quando vou poder pegar na tua mão de novo
e te levar ao cinema?quando vamos outra vez em nossos lugares?
quando vamos visitar de novo nossas músicas,filmes e poesias?quando?o que falta para isso?
o que falta?quero te dizer minhas histórias,ler para vocêir ao tão famoso jogo do sport
uma praia...uma grama de um parque..ver o tempo passar do seu lado..somente
e você ainda se pergunta se me ama..por quê?
talvez ainda não se conheça o suficiente para amar-me
sem procurar as certezas e definições
quero te levar comigo para onde eu for
compartilhar umbigo
ninar teu olhar batizar teu sorriso com beijos
em cada anoitecer amanhecer em teu perfume
como flor que precisa de raiz
nada é tão complicado,a vida é agora
e todos esses clichês aqui abordadossão reais...
são concretos!não espere mais 2 anos
deita teu peito em minha vida e aceita meu amor
vamos nos ajudar!quero tanto teu bem!
quero ter você sem que no outro dia te arrependas de tudo
quero caminhar junto,lembra?

segura na minha mão?

te amo demais.mas agora sei que isso vai passar.

adélia coelho 2008

...Há dias borboletas amarelas me acompanham
no mesmo caminho-ida e volta-
então o amor é mesmo uma nuvem procurando os fluidos de mesma intensidade
para moldar a chuva que LARVA
e definitivamente desconserta os horários da profundidade
na noite conheço meu amor
algodão que penetra minha devastidão
doce que saliva poros e pus
na boca do inusitado
outrora há casos dentro do infortúnio peito
não ouso mais exarcerbar o sexo
deconectado ao céu...
flor

Para um menino especial



MANGA DOR

Gôzo de borboletas selvagens
vi as cadências coloridas
dos artifícios desejos
balão místico do tesão
túnel dourado do prazer
gôzo de pássarros amarelos
meu girassol quer tear
tear os pólens das certezas
na tua boca morena
meu pêssego doce refeição
teu líquido derramado
sobre os túmulos de ontem
debaixo de teus grandes olhos
o castanho do teu morenar
rosadas maçãs que ditam novo cheiro,
Manga e Dor
Gozar de tua risada é também amorenar
as estrelas enGraçam meu corpo
explosões de cócegas azuis
na imensidão de tuas violetas
Menino,Moreno Manga
Nossa dor é sempre sonhar!

AdÉLIA cOELHO 2008

segunda-feira, 24 de março de 2008


O tempo de minha Flor Findou




Flores secas de março
Finda o mês
e alguns por quês
águas que Larvam
dissolvendo o veneno de beijos antigos
o passado volta a casa
visitando a festa
sem ser convidado
Mórbido amor
que acovarda
que só aguarda...
e que me guarda..
como borboleta branca
que sempre dentro de uma gaveta no peito
saberá voar.



.Flor sábado de março....

sexta-feira, 21 de março de 2008



Meus escuros fantasmas comunicando-me
com as vontades póstumas
córporea construção imediata
giletes costuram meus pedaços a disposição
essa figura--olha a foto--engenho
Minhoca--transgride minha oração!
eu te dou minha borboleta
porém guardo bem as asas
mariposa esposa do mar....

Flor



Essa figura----Holofote---Engenhoca-----
Transfigura meu coração
em invenção/ paródia
Primeiro ato
da insanidade dos pães alheios
Estagnação do Mar
incolores satisfações
dos dedos cansados de beber nostalgia
há trabalhos para fazer---e coloco bolos no fôrno
há sonhos para tecer----e afogo almas no porto
dona de casa de sonhos sem asas
dona de tacos sonoras saudades
dores abstratas......

Flor

Descanso assim...sobre meu pouso

mARaDENTRO


Enjoa-me teus ossos poluídos de desertos
meu corpo é, uma balsa suja
onde os marujos depositam seu cansaço
meu corpo é um cais mouribundo
onde as âncoras desafogam suas mágoas
enjoa-me teus gemidos meninos
meu estomâgo que ir através de tua língua buscar
as palavras que dedilham os mapas de meus devaneios
enjoa-me teus cabelos escondidos
meu corpo é um barco antigo
madeira desgastada das ondas
onde os piratas desbravam os territórios do nada ...

Flor

terça-feira, 18 de março de 2008

ESTE DOMINGO




Domingo alucinógeno



Têm dias que você prefere ficar assim
lambendo a nostalgia nos dedos
deixando os espasmos do ócio adentrarem pela porta
têm dias que não há nada...a não ser o chôro engasgado
e o desejo entranhado de colocar algo para fora...
sensação de indigestão..sufocamento...prisão do ventre..gravidez
do meu ventre saem os filhos de um mundo tão estranho
domingos enbalados de filmes românticos e dramáticos
têm dias que você precisa de provocações..
têm dias que você não queria tê-los(os dias)
por alguns instantes que parasse a ampulheta
naqueles momentos que conseguimos assimilar a essência disso tudo
que gira gira gira e ás vezes não faz sentido algumque parte, parte ,retoma caminhos..
e não diz "sargento!" a que veio!
esses dias estou meio assim..dando corda as minhas bailarinas encantadas
há tempos não as visitava
as músicas ainda cantam garagantam arranhadas
baile de saudades tão perfumadas
destruam esses perfumes insanos
quero partir do osso-aço-ócio real!
quero evacuar o verso em tua boca!
quero evacuar o verso em tua boca!
dançar nossos beijos nas ruas
alimentar teus pombos no último andar de teu mundo
subir subir subir..quero possuir por alguns tecidos sujos
teu cárcere amoral
quero fluir de tua pele sedenta de distonias leves
quero sucumbir do teu absurdo, da tua fuga libertina
de teu sorriso sarcástico..misturo imundos...imundo os mistos mundos
têm dias que você prefere ficar assim
como quem não tem responsabilidades
a não se colocar pra fora o filho-verso que vem vindo
angústia..agonia..apertoo
apertem os cintos!!!
a viajem começou
quero o pó...paulo [ótavio..me falaram de vc!
mas quero o pó de meus restos..
será que eles ainda me ouvem?
evoluam..quero cheirar o meu pó!
quero fumar a minha maconha!
quero visitar eva!me falaram de eva!!!
será que eva beija bem?
preciso conhecer o perfume dessa erva
que fala fala fala dentro de meu umbigo pôdre
controverso.....
tem dias que você prefere ficar assimem casa,em tê vê,em músicas douwns,em amores dispersos!
enjoamos das palavras que nos consomem
somem!!!sêmem!!!homem!!hímen"!
domingo grávido de canções tão repetidas
canso-me em compreender
caso-me com os copos cheios do nada
só quero evacuar esse verso em tua boca!
cheirar paulo otávio
fumar dona eva!
apertem os cintos
a viajem começou!
Adélia Flor-março 2008



Nas cores do quadro" O Grito " de Edvard Munch absorvemos uma explosão de vermelhos confusos, num céu de iluminações paradoxais.É como se a face da angústia ditasse as normas do tempo,nuances de uma atemporalidade borrada.
O céu mescla-se com os poros exasperados do desespero ,riscos de sombras corrosivas,estranhos que caminham em nossa paralisia,atravessando os sons da natureza.


Munch em seu expressionismo pede socorro por uma Universalidade de sentimentos,e por conseguinte por uma incompreensão de gemidos,é como esse grito não tivesse
nunca sido realmente escutado,auscultado.
Hesitação em dar formas á mudez dos sonhos...
Há uma conectividade de elementos entre as cores frias
da figura precária da depressão e da fervura da inquietude.

Segundo o próprio Munch,

"Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de
súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me
sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o
azul escuro do fjord e sobre a cidade – os meus amigos
continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e
senti o grito infinito da Natureza. "


A maior característica do quadro,é a materialização
desconstrutiva da expectativa humana,as ideologias
insanas; conceituando solidão,desmistificando a estética da
expressão-domindora do alto modernismo-;o homem torna-se extensão de seu ambiente e seu ambiente recria-se através da continuidade deste mesmo homem.


Dentro da era da ansiedade,analisamos o quadro de Much como um marco da expressão da realidade modernista,esse gesto surpreende,as mãos apoiando o rosto sucumbido pela dor de tantos sentimentos dilacerados, pelo mar negro que se forma por trás da figura alienada,pela indiferença da sociedade perante essa estrada de martírios da alma.



Sua boca propagando o vento,pois é mais silêncio que vozes agudas e graves que escuto,é mais vazio que qualquer devastação de tsunamis,é o humano-extraído-essência-puramente só.
-no encontro com ele mesmo-.Sua lânguida face sem traços..sem ruas,nem marcas...são seus olhos desaparecendo numa paisagem dissolvida em dores físicas,morais e espirituais...



É sua contestada existência acenando em sua catarse declarada, uma projeção do mais profundo silêncio pertubador.Esse Grito é vácuo,é vago...é como a pincelada do expressionismo...que ao misturar-se com os tecidos do espaço forma sempre outro e novo contexto.O “coração tinta” buscando os traços da exarcerbação sensorial.


Adélia Coelho 2008

a ditadora



Quando temos certeza do que queremos nossos sonhos ditam a liberdade?
dar ouvidos a um mundo de conselhos absurdos sobre quem somos
e o norte que escolhemos é válido?
até que Ponto consentimos com nossa verdade ante as buscas incansáveis do ter-ser?
estou aqui sentada no pátio da escola(faculdade)climinha de chuva...
como sempre fazia na quadra na época do colégio.Meditando...
Tenho dimensão que não se trata de um Reality Show porém tenho observado tanto as pessoas e principalmente,ás vezes sem nem perceber o que de mim nelas reflete.
as cobranças,as falhas,os conflitos,as intrigas...
humanos deuses que não admitem a culpa,tampouco a farsa e lutam por um reinado de egos
Inflantes...Triunfantes..Elefantes...
Quando temos certeza do que queremos nossos sonhos ditam a liberdade?
estamos atados a nossa fé,aos nossos laços constantes de ilusão-novamente-Consentimento-
Consentimos nossa auto-sabotagem....
absorvemos toda substância de agoras surreais...e o que esses átomos de verdade nos sopram?
não há como excluir-se do coletivo,a qualquer lugar a diferença ditará as grandes porções de tolerância que precismos diluir...
Dissolvemos uma paciência,quase que nula!construímos uma gradativa auto-análise.
O meio do caminho talvez seja a grande alternativa nem um passado morto,nem um futuro grávido....mas o momento que nos pertence,o dia que temos nas estrelas de cada sol!
nossos crimes são perdoáveis?
quais são as penas cabíveis aos nossos poros exasperados/;/?

Adélia Coelho março de 2008

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô