terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

EGOS

EGOS

Eu já não estou
o homem-ele-masculina certeza-
o homem sedento sedentário
interplanetário sargento
O Homem só está em meu Ventre
Eu já naõ estou -diário-
Oficial gestação de lua
Estéril-rádio estação sem luz- apresenta:
Flores nascem de estrelas nuas escuras ruas
O Homem só está em meu Ventre
Eu já não estou
Permeio os tacos da sala
Guardo a feira no coração
Distribuo bom ar para o vento
Paquero os olhos verdes de meu Chico firmamento
Passeio na grisalha insanidade
Percebo o escuro de minha verdade
amanheço os sóis
anoiteço toda luz
pesco sorrisos nas maçãs
alacanço doces na palidez das horas nuvens
Danço no sexo das folhas viajantes
percebo a candice dos pássaros errantes
Vôo sem conhecer o céu azulado
Desenho um tom de amor na parede
e espero o bancoo banco da praça para sentar as mãos
descrevendo o percurso...
os poros palpitam anunciando o desejo
de tanto tempo..
.Estéril -rádio estação sem luz-Procura-se:
o bilho da Flor adormecida
Desvenda-se o último arrepio
da penúltima curva
da infinda ida.
Homem

está
no
meu
ventre
SOU.

Adélia Coelho 2008

dE Lua

AdéLua Colhe

Encontro-te nessa espera compulsiva
compro teu anelf
aço nova lua
sigo sem saída
nem relógio
nem corrida
encontro-me
em toda despedida.

AdéLua Colhe 2008

beijo e beijo e beijo...


Descentes Reis(réus)

Beijo eixos incanDescentes
Decentes Entes,Eis
Antes gosava em beijar-te Rei,
Porém,trono e coroa
Outrora também naufraguei
Submergi escravos
E no Escambo troquei o meu amor
Beijo eixos Decentes Entes
Peitos Doentes
pecado de vontade-válvula de escape
Eis incanDescentes
figuras subnutridas de valor
Antes,gosava olhar vívido
Porém ,íris e cor
Outrora também naufraguei
Emergi de estranhos
E no Escombro destrocei meu amor
querendo salvar-te
Ó Rei,rei inexistente
que finge amar-me
Mar
me
és tão somente ilusão
fulgaz ardor.
ARME!

Adélia Coelho 208

mEU VERMELHO EM TEU PEITO ABSURDO

Girador

Por sobre minhas estrelas
todos os girassóis sangram
única lágrima em coração universal
Escorre amarelo
entre tantas grades de silêncios gosados
perfuro o ócio de todos os desejos
o teu suor é surdo
não entende minha língua
a tua dor é cega
não enxerga minha mão.

Adélia Coelho 2008

nOITEM...

nOITEM

Meus homens famintos
desesperam o verso
eus menstruados
emoções fomeando
palavras desconexas
homens que procuram algodão
querem se forrar por dentro
campo de libertação
COMO COLHER GIRASSÓIS,
SE NÃO HÁ DIA NO CORPO DO HOMEM?

ADÉLIA COELHO 2008

oca...

OCA

Gôsto do sangue e do sêmen do mundo
NA bOCA
sou feita de espasmos melódicos
Da cantiga da folha
vegeto entre espermas metódicos
sou a festa de girassóis quadrados
Gôsto do imediato e do imprevisível Mundo
NA bOCA
Sou feita de jazidos coloridos
Minhas cores voam irresponsávelmente
matando os grãos de areia deste IN-mundo
Na bOCA
Do assobio da borboleta
Pertenço ao ventre órfão da veradade
Sou a fresta da janela de um banheiro antigo
Gôsto do azulejo e da ferrugem do mundo
Na bOCA
Sou uma mera contunuidade
Na Boca.
dO mUNDO!

adélia Coelho 2008

Minha doce lua!

Minha Santidade



Adotem meu suor-pecaminosa prova-
ah..a falta de pudor do amor!
acarretem os sonhos
e quando os possuir
esqueça-os!
adotem o pó-santa prova-de dor!

Adélia Coelho 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Resposta

num rio a deságuar nas águas de luz
luminosidades- idades -sonoridades,
esta música é sombra universal
nas pedras de tua íris,desbravo as linhas de tua mão...
Que paisagens, que cores descubro para além das pedras dessas curvas?

Adélia Coelho e Alexandre Melo 2008

mEU Bumba meu boi

Sepultamento

Perder-te ideal
suprema hierarquia
nem verso,nem toque
alma inerte
teu beijo que me sorria
salvar-me ilegal
extrema idiossincrasia
nem meço,nem conto
evocação gelada
despejo inebria
história patética
do silêncio e da agonia
quizeram tanto amor
que amanheceram sem conhecer o dia
anoiteceram sem aprofundar as almas nas estrelas
faleceram de escuros
padeceram de suas próprias energias.

Adélia Coelho

Minha dor é um passarinho



Minha dor é um passarinho


Hoje vi a luae
scondida em espumas voadoras
vi minha mãe no meio da rua
despencando da irrealidade
Sem poder soltar-me de meus cães
apenas observei a queda
hoje vi a música da brutalidade
quiz apenas comprar uma cerveja
preparei os ânimos
enchi de incenso a mesa
minha velha casa de incerteza
hoje quiz apenas comprar um vinho suave
e você me traz um vinho seco
que gentileza...secos dias..
que beiram a loucura fatal
meu império minha realeza
hoje vi meu pedaço de sol
ele disse que logo preciso acender
falo a tristeza:minha dor é um passarinho.

Adélia Coelho 2008

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Meus sapatos são as ondas do mar

Meus sapatos

Que não me faltem pápeis
pois sobram-me verbos
Rima inconsciente
exalo ânsia,
acúmulo de energia
gero taquicardia
acelero versos
atropelo prosas
embebedo o dia
transpiro ânsia
exacerbada sinergia
gero distonia
apresso luas
angustio rosas
salvo ventanias
transgrido ordens
que não me faltem ruas
pois sobram-me passos
quero as curvas,as pedras
e os sapatos
de minha consciente agonia.

Adélia Coelho 2008

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Coisa mais linda...


Diálogo Da Brisa com a Flor:

*...tenho que morar na rua minha casa é quente...

*quem sabe uma sombra de árvore te adota?
qual a sombra de sua preferência?

*gosto de sombras que tenham gostos de nuvens(doces)
aquelas que tenham som de chuvinha que beija
sombra que mostre meu reflexo mas que tenha identidade

*os olhos desse sombra devem ser bem brilhosos
mas não muito, que é para mostrar seu reflexo...
Adélia e Alexandre

Um presente!

De Sombras,Pedras e Curvas



Pedia a brisa compaixão,precisava do lar dos ventos
precisava da liberdade para voar...
caminhava a perguntar sobre pedras e curvas e sapatos - que belo trio!
mais entre rios,e todas as águias latentes,descobri certo olhar-semente
e me pergunto o que de mim refletiria esse olhar?
padeci entre caminhos luminosos demais...
gostaria somente de sombra.
.pra ver se a brisa faz a curva e me encontra
perdi os sinais das borboletas elas ainda me diziam algumas Flores
com acenos e sussurros, um caminho pra aliviar as dores
medo de todos os focos de luz,a lua mel, a lua verde ,a lua azul..
cavalgo entre girassóis escuros
cada pétala um degrau, ás vezes pra cima, nem sempre pra baixo
ascendente desejo de estar em sombra ,em par,em doce semelhança
cabelos entrelaçando e formando raízes pro chão do céu
esbarro em peixes voadores,em pássaros que nadam em meu peito feroz...
numa maré de brisas tropicais
cada semente de olhar- mente- demente- sacrifício...o vento é o pai do riso
num rio a deságuar nas águas de luz
luminosidades- idades -sonoridades,esta música é sombra universal
nas pedras de tua íris,desbravo as linhas de tua mão....

Adélia Coelho e Alexandre Melo

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Meu chão

na falta de paisagens fora de mim....meu chão
Esse chão enbebeda
posições inversas
tridimensional alegria
arquitetura de bauhaus
que inibe meu grito
esse chão me esconde
relativos conceitos
minúsculas partículas
de algumas poucas verdades
mesmo assim
limo-o dia sim dia não
lustrando meus espelhos
convexos...
as dores de baixo p cima
as cores pretoe branco
encardidas percepções
começo a ver figuras
leituras,caminhos,quadrados,pipas
nesse chão,perambulo meu ócio
piso,isso,só...
caixinha coladas em meu caminhar
caixinhas que me alucinam!
Adélia Coelho

Brisa

Comunicar-me
logo cedo antes do sol no cegar
quando não há niguém
só brisa
cair dentro da tarde,
quando uma lua
discreta vai nos acariciando...
a brisa volta,quando todos voltam para casa...
comunico-me com seus afagos
meus cabelos a recebem com nostalgia
passeio com seus abraços soltos em árvores
colho aquelas pequenas flores
de beira de esquina
ao chegar em casa
esqueço os carinhos
da menina brisa
permaneço no concreto absurdo
dos mosaicos,azulejos antigos
lavos minha alma numa pia suja
acendo as luzes de outro universo
mesmo assim
sinto tanta falta da Brisa
de tudo que um dia ela me ensinou
de tudo que ela dise aos meus cabelos
confessou as minhas saias
pintou em meus gemidos.

Adélia Coelho 2008

Peixes e Pássaros


Canetas Bics

Pisei em flores por pouco tempo
errei as cores de tantas ruas
e me encontro com arco íris
fugindo dos poléns
em cada jardim vou vendo sementes mais distantes
pois procuro o que nem foi plantado
em pouco tempo entrego minhas flores
como que benção merecesse porta estandarte
como que água merecesse santidade
como que céu precissase de brilho...
todas essas vãs filosofias de ultrapassados conceitos amorosos.
encontros dentro de um mar agnóstico..
olho, olho, olho os peixes que me cercam...
eles apenas procuram comida..sobrevivência...
o límpido aquário é utopia...
infinita nostalgia de que podemos voar dentro do mar
e que peixes e pássaros podem se encontrar
construir uma história.
as canetas bics falham tanto...
acordo na ânsia dos amores não vividos
para percorrer estrelas nem desenhadas
pisei em flores por pouco tempo...
errei as cores em tantas ruas
e quando acho que posso ser enfim água
nem peixe nem pássaro...talvez vento...ar..
ar Dor!
fugindo das fagulhas...
em cada chama vou vendo vermelhos jamais imaginados
pois procuro o que já foi queimado.
desse sofrimento nasce o caso entre água e fogo terra e ar..
desse cruzamento natural...
ascendemos em nuvens tão densas de nós mesmos
elas apenas procuram lágrimas
alimentos..sobrevivência.;
as canetas bics voltaram a funcionar
.mas já nem tenho o que descrever,entrego-me ao cansaço das horas inúteis
a covardia dos dedos fúteis
a ignorância de meu coração sobre abutres
Ar Dor..
.fugindo das agulhas
entedio-me entre os lençóis como numa viajem alucinógena
aquela que nem fiz
prossigo na continuação do beijo
recapitulando tantos mais tantos capítulos interrompidos
por ou pelo quê mesmo?
e quando acho que posso enfim ser terra
e fincar minhas asas no chão
dos meus bolsos nascem luvas
plantarei então girassóis
sempre gostei tanto de girassóis
talvez deSsa vez os pássaros não comamos botões
,talvez dessa vez os peixes que navegam na terra
permitam o canto dos grãos,
Ar dor...
entrego-me a masturbação da caótica cidade desejo.
Pois cansei enfim de ser hesitação,tentativa e despejo.

Adélia Coelho 2008

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Meu Menino...

Este Homem


Desde antes
guardo meus cabelos
Para este Homem
agora com meus versos de novo nas mãos
despeço-me da solidão
desde ontem
guardo-me íntegra
numa garrafa antiga de vinho
para ser então saboreada
Por este Homem
Desde antes
colhia o simples na imensidão
e por segundos em jardins já encontrava
Com este Homem
flores absurdas do desejo
que precisam tocar o coração
minha alma quer beijá-lo
minha alma quer reconhecê-lo
Desde ontem
banho-me em leite,rosas e chás
para ser então,contemplada
Por este Homem
porque é
Neste Homem
que agora quero mergulhar.

Adélia Coelho 2008

ALGO ME DIZ...


Talvez Há(mar)
Horas derramadas
na madrugada de teus olhos distantes
esforço-me para vê-los
ainda há tanta escuridão
aos poucos nossos corações reascendem
purificando o ar
luzes pequeninas saltam de nossos sorrisos
entre telas (sobrevoar)
talvez meu coração não saiba mais amar
mas até a razão apaixonei
sou toda emoção (deságuar)
sensibilidade que ultrapassa fios encapados de realidade
e quer sentir além..
algo me diz,que essas horas derramadas em tuas gargalhadas
vão devolver-me o mar..
.Adélia Coelho

SEDE

VerdeRio


Ânsia de amores inacabados
verde rio que chama
desconsertando o timbre do coração
virtual desejo na palpitação
Ânsia de amores possíveis
estrada tão perto
pronúncia do beijo
na boca,a certeza
que outrora ele chegou...
carícias bandidas
que sucumbem o imprevisível
amarelando as constelações
Ânsia de amor-agoras-
encontro real
abraço leal
química surreal
verde rio que anuncia
a chegada da (e)Terna partilha.
Adélia Coelho 2008

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Por Hoje


POr hOje
Tecendo outra manhã
estou acesa a constatar
o destino e a fluidez das folhas
ecoamos entre o vento e o caminho
o certo e o imprevisível
dessa vez olho-me diferente
não sou mais simples pena
pois sei voar!
sei que existe destino fora naufragar..
além de qualquer caminho há volta
e um "Re-Partir" um "Re-Começar"cada trilho dá-nos a fonte
o trem somos nós,desgovernados ou não!
quando conseguimos nos ver nos olhos do outror
espondemos o porque disso tudo.constante reconhecer-se...
Tecendo outra manhãestou presente a admitir
o peso e a doçura da consciência
olho-me no espelho para encontrar mais rápido meus rios
e eles dizem:há vitória há cura há essência o vôo há muito já existe..
o que será agora?Está sendo-amanhã são frutos hoje já é.

não devo avaliar pesos e medidas
devo acariciar os valores a busca dos sonhos
o espelho dignoa bandeira branca o coração cheio as mãos estendidas...
Esses já são frutos!o não desistir,o querer sentir:ir dormir pensando acordar sonhando
meus sonhos além de Ssas janelas fechadas
quero encontrar mais vezes o mar
trocar todas as confidências necessárias com o vento
ele vem me dizendo:-"nada de ruim vai te acontecer"
"vai dar tudo certo!"preciso acreditar nesse sol que ás vezes pertuba meu sono
ele quer me mostrar que tem mais vida
fora dos meus devaneios....
Adélia Coelho 2008

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Ah...o coração...


Manifesto a liberdade
O coração não tem sexo
é bilingue
é apolítico
é amoral
O coração também pensa sexo
não extingue
é sarcástico
é ilegal
Coração bolha de sabão que arde
voando em teias disfarçadas de verdade
Coração:bocas,olhos,cor
pontos no céu azul de tua mãoTORPOR.
O coração pede AR
O coração que pirAR
O coração perde AR
O coração quer pairAR
Manifesto aqui a voAR..
.CoRAÇÃO É LIVRE
É LEVE
ENTREGUE A NAUFRAGAR...
Adélia Coelho

Lembranças....as boas..as ruins...andanças....


Uma sexta feira de Carnaval




Tomei banho de madrugada
durante todo esse escuro
esfreguei novas e antigas mágoas
tinha um cheiro de cigarro no corredor
tinha um cheiro forte de alho no escorredor
banhei-me de tantas madrugadas ausentes
tempo onde deveras vivo masturbando meus ócio criativos
lavei meus cabelos insanos
perfurei os pensamentos sãos
contabilizei mais dívidas que dinheiro
quiz roçar minha poesia na menina rabiscada
construí novos pedágios expostos na internet
compus novas paisagens sem sair de minha cama
escavei os versos padeci de inversos
é quase carnaval e ainda não me fantasiei
ainda não me fiz amada passiei com o extremo da vaidade
prendi-me; nova pipa a desalinhos fugi do olhar de mel
fugi de quem já amoue de quem nunca amou
espero que chegue logo sexta feira
espero que chegue o carnaval
para compartilhar minha dor
espiar a doença dos outros
tecer novos céus,mais coloridos
brincar de borboleta exalando flor
não pensar nas trevas,dramas e tragédias
deixar marcar o passo,o rítmo,o enredo
permitir-se ciranda,abraço,espelho
hoje desliguei o dia e fragmentei em sons familiares
essa madrugada universal
acorda longe quem veio concede-me esse aval
preparo minhas roupas
preparo o trivial esse ano vou sair de boneca Flor
para voltar a ser normal
converso agora com estrelas íntimas
e dói-me todos os peitos
já não sei mais ser coração
o sono me humilha ,me rouba a realidade
faz-me fugir,será que lá sou de verdade?
amanhã é sexta feira
de carne,verso e sal é carnaval!

Adélia Coelho 2008

Quem sou eu

Minha foto
Eu vou,atrevida,pisando nos relógios sento-me nos relógios sou a bailarina da caixa de música que dança em cima dos ponteiros e ilumina mesmo sem querer o outro lado das batidas do tempo... Flô